O ex-seleccionador nacional, Carlos Queiroz, comentou o seu afastamento do comando técnico de Portugal numa entrevista à Rádio Marca. 

"Foi uma morte anunciada. Pouco a pouco as coisas desenrolaram-se de uma forma em que já se sabia o que ia acontecer. É como comprar um bilhete para o cinema e a pessoa que o vende diz o final do filme. Cedo se entendeu que a intervenção do Governo determinaria este desfecho", começou por dizer o técnico português.

Em relação ao Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, Carlos Queiroz apontou duras críticas.

"Em Portugal havia um técnico português a quem se exigia o título mundial. Como não venceu, um membro do Governo, encarregado do Desporto, empenhou-se em afastar esse treinador".

Queiroz foi mais longe nas críticas e chegou mesmo a comparar Laurentino Dias ao ditador norte-coreano Kim Jong-il.

"Os meus advogados consideram a possibilidade de apresentar queixa na FIFA por ter perdido o trabalho devido a uma intervenção exterior, saída de um departamento governamental que, como digo, pode comparar-se a Kim Jong-il, que também mandou embora o treinador da Coreia."