O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, disse hoje já ter definido a sua vontade sobre as eleições para a direcção federativa, mas aguarda um “momento oportuno” para a anunciar.

“A minha vontade, eu sei qual é, mas não a vou divulgar já, porque ainda não é o momento oportuno. Depende se há ou não novos estatutos, se estou ou não disponível, se já não estou tão cansado como estava ou ainda estou. A minha posição não é importante, nem impede quem quiser de anunciar que é candidato”, afirmou o dirigente, após a reunião magna ordinária.

Sem “excluir nada”, Madaíl reiterou “espera como se desenrola a questão dos estatutos”, tendo também apelado aos sócios “que, rapidamente, reponham a legalidade, porque a FPF já deixou de receber 1,6 milhões de euros da parte do Governo, por falta de utilidade pública desportiva”.

Com o impasse na adopção de novos estatutos na FPF, segundo o Regime Jurídico das Federações Desportivas, Madaíl admite que, a sua tomada de posição, “provavelmente não será conhecida este ano”.

“Eu só tenho de anunciar se sou ou não candidato quando abrir o período eleitoral. Abre o período eleitoral e aí sim, eu vou dizer se me vou recandidatar ou não. Até lá, as outras pessoas que têm vontade de avançar que avancem. Se eu me recandidatar, logo vemos o que acontece. Perder e ganhar é normal”, sublinhou.

Gilberto Madaíl manifestou-se ainda satisfeito com a aprovação, por unanimidade, do orçamento para 2010/2011 e do Relatório e Contas de 2009/2010, em Assembleia Geral.

“É um orçamento, até de certa forma, restritivo, mas fiquei satisfeito com aprovação das contas de 2009/10 e do orçamento por unanimidade, pela confiança que os sócios da FPF continuam a depositar na direcção. Agora, vamos ter de gerir o orçamento cautelosamente. Não estamos em alturas de esbanjar. Temos de prever o futuro, temos de prever situações que possam ser piores que até agora”, frisou.

Excluída das contas está uma eventual compensação ao antigo seleccionador português Carlos Queiroz, cujo acordo sobre verbas foi inviabilizado recentemente.

“Com os valores que estavam a ser pedidos, nunca podia haver acordo. Nós continuamos convencidos que actuamos dentro da legalidade, com justa causa para a rescisão de um contrato de prestação de serviços”, rematou.

Apesar desta convicção, o presidente da FPF admite todos os cenários na decisão judicial da cessação de vínculo com o ex-selecionador: “Pode dar (razão a Queiroz) numa primeira instância, mas pode não dar, depois, numa segunda, não sei”.