O presidente da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Avelino da Rocha Ribeiro, admite suspender o acto eleitoral marcado para 5 de Fevereiro, embora reconheça não ter garantias que os novos estatutos sejam aprovados numa reunião extraordinária.

Apesar de desconhecer a carta enviada pela FIFA à FPF a aconselhar a adequação dos estatutos ao novo regime jurídico, Avelino da Rocha Ribeiro não deixou de manifestar também à Agência Lusa a sua incómodo pela iniciativa da FIFA, que, em situação extrema, pode suspender a filiada portuguesa.

“A ser verdade (a carta da FIFA), parece que voltámos ao tempo da ditadura. Não se pode votar contra? Não sei como se pode impor a uma federação que aprove novos estatutos”, considerou o presidente da Assembleia-Geral da FPF.

O presidente da AG insistiu que “juridicamente, todas as pessoas têm o direito de manifestar a sua opinião”, logo, não podem ser obrigadas a votar contra os seus princípios: “Isso era antes do 25 de Abril”.

Sobre a convocação de uma Assembleia-Geral extraordinária, que levaria à suspensão das eleições de 5 de Fevereiro para a prévia aprovação dos novos estatutos, Avelino da Rocha Ribeiro admite avalizar a proposta caso o requerimento seja feito por associados que garantam o mínimo de 75 por cento dos votos.

“A minha resposta será sempre ‘talvez’ ou ‘em principio sim’, porque garantias não terei nunca. As pessoas que fizerem o requerimento podem depois não votar os novos estatutos. Não me podem é obrigar a comprometer-me com a aprovação dos novos estatutos. O único compromisso que tenho quando assumi este cargo foi com o futebol, não com os interesses particulares de ninguém”, frisou o dirigente.

Avelino da Rocha Ribeiro reconhece, porém, que o actual impasse, resultante da recusa da maioria das associações em aprovar os novos estatutos, “pode colocar em causa o futebol português”, caso a FIFA tome mesmo medidas mais drásticas relativamente à FPF.

“Será uma situação muito complexa se a FIFA suspender o futebol português. Se nada se modificar, as eleições têm de ser realizadas a 5 de Fevereiro. Se desejam resolver este problema, digam o que querem”, afirmou o mesmo dirigente.

O presidente da Assembleia-Geral voltou a insistir aos interessados que se pronunciem, pois está disponível para avalizar qualquer pedido formal que vise a resolução deste problema.

“Que os interessados se pronunciem. Nunca deixei de convocar nenhuma Assembleia-Geral que me fosse solicitada. Nunca votei em nenhuma delas e se os estatutos não estão aprovados não é pelos meus votos”, recordou.

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