“(Os órgãos sociais da APAF) Entendem não fazer qualquer sentido a realização de eleições, já marcadas para o dia 05 de Fevereiro de 2011, ao abrigo dos actuais Estatutos da FPF, pelo que não participarão no referido ato”, lê-se num comunicado do organismo.

A APAF recorda que não está de acordo “com a Lei de Bases da Educação Física e do Desporto, e com o Regime Jurídico das Federações Desportivas”, embora defenda que “é urgente adequar os Estatutos federativos com a Lei em vigor, devolvendo ao futebol português a tranquilidade necessária para o seu funcionamento”.

“Reafirmar a total disponibilidade para, em conjunto com os restantes sócios ordinários da FPF, encontrar o consenso necessário para aprovar os novos Estatutos, para que os mesmos fiquem conformes com as Leis em vigor, sem embargo de continuar a pugnar, em conjunto com os restantes sócios ordinários da FPF, no sentido de eliminar dos referidos diplomas legais os aspectos negativos que os mesmos contêm”, refere.

As eleições da FPF estão marcados para 05 de Fevereiro, com o presidente da Associação de Futebol de Coimbra, Horácio Antunes, a ser o único candidato assumido.

Horácio Antunes lidera a lista que o movimento associativo vai apresentar ao sufrágio.

Contudo, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional convocou uma Assembleia Geral (AG) Extraordinária da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para 29 de Janeiro de 2011 e interpôs uma providência cautelar para impedir as eleições no organismo.

Em comunicado, a LPFP avança que convocou uma AG Extraordinária da FPF para discutir a alteração dos Estatutos.

O secretário de Estado da Juventude e Desporto reiterou estar a analisar a situação dos estatutos da FPF, em relação à possibilidade de retirar a utilidade pública ao organismo.

Laurentino Dias reafirmou tratar-se de um “assunto sério” - a não adequação dos estatutos ao novo regime jurídico - e está a ponderar a situação do futebol em relação a esse cumprimento e a consequência que tem.

Também já a FIFA esclareceu que “até ao momento” não existe qualquer ameaça de suspensão da FPF, embora recomende “veementemente” a adequação dos estatutos ao novo regime jurídico.