Este sábado volta a discutir-se a aprovação dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol depois de nas três tentativas anteriores o chumbo ter sido o desfecho.

Os clubes portugueses e a Selecção Nacional poderão ser afastados das competições internacionais em que estão envolvidos caso este impasse não seja ultrapassado e Joaquim Evangelista explicou ao SAPO Desporto que o principal entrave para que se ultrapasse esta situação é a posição irredutível assumida por algumas das associações de futebol.

«O novo regime jurídico rompe com o passado e o principal entreve à aprovação dos estatutos é a questão da representatividade, uma vez que as associações detinham o poder absoluto. Como quem tem o poder normalmente não quer ceder, e há um conjunto de pessoas e instituições que entendem que o seu estatuto é inatacável, esta situação mantém-se», diz o presidente do SJPF que estranha a divisão latente entre Gilberto Madaíl e as associações, outrora «o seu suporte».

O presidente do sindicato reconhece que tem sido tentada uma posição conciliatória, mas adverte que a aprovação não deve ser alcançada a qualquer custo:

«Ultrapassar este problema não significa que se pode pactuar com tudo. Há que perfilhar a génese da nova lei senão não faz sentido a alteração.»

Crítico em relação ao comportamento de alguns dirigentes com assento na assembleia-geral da FPF, Joaquim Evangelista diz que é tempo de pôr o futebol português acima de interesses particulares.

«Os dirigentes sentados na assembleia da FPF não estão à altura do futebol português. As pessoas não têm a capacidade de resolver os problemas e isso é grave. O problema é um conjunto de pessoas que revela irresponsabilidade e incapacidade para mudar. Assim temos de procurar novas soluções.»

Perante isto, o presidente do SJPF deixa um apelo aos que no sábado voltarão a decidir sobre a aprovação do novo regime jurídico da FPF:

«Na próxima assembleia é importante que cada um não olhe para si e pense sim no que é mais importante. É preciso que se pense no futebol e não em interesses particulares. Estou convencido que dessa forma ultrapassaríamos o problema», termina Evangelista.

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