O ex-seleccionador nacional Carlos Queiroz insistiu hoje na demissão de Luís Horta e Luís Sardinha, presidentes da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e Instituto do Desporto (IDP), respectivamente, apelando ao Presidente da Republica para que tome providências.

«Apelo aquilo a que julgo ser a última reserva deste pantanal em que caíram algumas coisas do país, apelo ao Presidente da República para tome providências para que pessoas como Luís Horta e Luís Sardinha tenham de sair imediatamente de aparelhos e das funções do estado com esta responsabilidade», sublinhou Queiroz aos jornalista no aeroporto, à chegada a Lisboa.

Carlos Queiroz contou que a selecção nacional, durante o estágio do Mundial, foi «controlada duas vezes numa semana», salientando que o acto «demonstra bem a atitude de suspeita, perseguição e reserva» que o presidente da ADoP tem sobre os jogadores de futebol.

«Manter uma pessoa destas, que não tem carácter, seriedade e idoneidade, num cargo de tamanha responsabilidade em Portugal é uma brincadeira para todos os profissionais de futebol», acusou Queiroz, depois de questionar os jornalistas se Luís Horta ainda era presidente do organismo.

Em relação a um possível pedido de indemnização, Queiroz revelou que os seus advogados estão a estudar o assunto, revelando que levou o caso até às últimas instâncias por uma questão de honra.

«Se a indemnização limpasse todos os males e danos que me causaram as mentiras que foram propaladas juntos dos jogadores e que tive de calar até agora…», desabafou Queiroz, lembrando que se trata de uma questão de honra, e que o processo «irá até ao fim».

Quanto ao presidente Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, Queiroz salientou que o considera como «um amigo», que esteve sempre do seu lado e que «tentou de todas as maneiras que isto não acontecesse».

«Gostava de saber quem são as pessoas, com tanta força e tanto poder, que são capazes de uma barbaridade, tramóias e falsidades contra o seleccionador nacional que acabaram por despedi-lo», questionou Queiroz.

O antigo seleccionador lembrou que, três dias antes da decisão do TAS, Madaíl lhe ligou a dizer que as pessoas por detrás da decisão de demitir o seleccionador tinham «muita força e poder» e que o presidente da FPF teve de o aceitar «contra a sua vontade».

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ilibou quarta-feira Carlos Queiroz das acusações de perturbação de um controlo realizado pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), no estágio para o Mundial da África do Sul.

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