António Sequeira, antigo secretário-geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), classifica a sua candidatura à presidência do organismo como «uma rutura» com o passado, e garante que está na corrida à sucessão de Gilberto Madail «para ganhar».

«É uma candidatura de rutura porque o futebol chegou a um estado tal, que é preciso começar tudo de novo», disse António Sequeira em declarações à agência Lusa, acrescentando: «Acredito que possam existir mais candidaturas, mas vou lá para ganhar».

António Sequeira, que integrou a FPF entre 1993 e 2006 tendo sido secretário-geral durante 10 anos, garante que a sua candidatura, a primeira a ser anunciada às eleições de 10 de dezembro, «é independente quer politicamente, que de associações ou clubes».

No manifesto de candidatura, hoje divulgado, Sequeira considera existirem no organismo vários problemas, nomeadamente o «inaceitável enfraquecimento da intervenção das Associações Distritais e Regionais no fomento e desenvolvimento do futebol», provocado pela «demora verificada na aprovação dos atuais Estatutos».

O candidato considera essencial que a nova direção «respeite a razão de ser das associações distritais», «encontre soluções que permitam diminuir o recurso a jogadores estrangeiros» e «imponha maior clareza e rigor na aplicação das regras disciplinares e nos processos de justiça».

António Sequeira entende que Gilberto Madail «foi o melhor presidente que a FPF teve até ao momento» e considera que os atuais problemas que deteta no organismo são fruto da «falta de apoio dentro da própria equipa e, ultimamente, por ausência».

Sequeira, que durante quatro anos foi assessor pessoal do atual presidente da FPF, garante que tentou informar Madail sobre a candidatura, e lamenta que «tal não tenha sido possível, provavelmente devido a questões de saúde».

António Sequeira garante ter «apoios de peso», que irá divulgar até 27 de outubro, data final para a apresentação de candidaturas.
Com 68 anos, António Sequeira foi praticante de voleibol, árbitro de ténis, diretor-geral do estádio da Luz, e desempenhou cargos no Comité Olímpico de Portugal e nas federações de futebol e ténis.