Tanto o experiente Agostinho Oliveira como o mais novo Rui Jorge, ambos com experiência no setor da formação na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) criticam a falta de competição entre os mais jovens em Portugal.

Promover os «produtos» das escolas de formação e garantir um calendário minimamente extenso e competitivo é outra necessidade apontada.

Agostinho Oliveira, em declarações à Lusa, defendeu que as “equipas B” são «fundamentais». O técnico teve uma longa carreira de 21 anos na FPF até há pouco tempo, passando por todas as camadas jovens, tendo sido coordenador do futebol nacional, com responsabilidade na elaboração dos calendários, e até selecionador interino nos “AA”.

«É altamente benéfico para a rentabilização e valorização dos nossos jovens, mas ainda falta implementar o modelo já aprovado para os juniores (com oito equipas a lutar, numa segunda fase, pelo título de campeão e outras oito pela permanência) nos outros escalões abaixo (juvenis e iniciados)», disse, lamentando a falta de verbas na altura para «estender a coerência de forma vertical».

Oliveira acrescentou que, «nos juvenis, por exemplo, a maior parte das equipas fica parada a partir de fevereiro», adiantando que os atletas «perdem seis meses de competição, o que não é favorável à sua evolução», em virtude de as fases decisivas serem disputadas pelos denominados «grandes».

Nos escalões jovens portugueses, existem Juniores A, B e C, os últimos dois correspondentes a juvenis e iniciados. O escalão A comporta a I Divisão, dividida em Zona Norte e Zona Sul, a II Divisão, com quatro séries, à semelhança dos Juniores B. Nos Juniores C existem seis séries no total.

«A competição é extremamente importante, mas terão de ser os clubes a fazer essa avaliação. Se, por um lado, treinam com os melhores que há em Portugal, por outro, em termos de competição, ficam aquém do que alguns companheiros deles têm. Acredito que, nesta altura, o crescimento é feito com competição, de poder evoluir em jogo», defendeu o treinador dos sub-21, Rui Jorge, numa entrevista recente à Lusa.

O técnico considerou que a criação de “equipas B” ou de escalões de sub-23 pouco pode fazer pela inclusão de jovens nos plantéis seniores, algo que é «crítico», embora admitisse efeitos positivos com a reintrodução das referidas equipas satélite.

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