O acordo no âmbito do denominado "totonegócio", conseguido pelo Governo e pela Federação Portuguesa de Futebol e esta quinta-feira anunciado, resolve um «problema antigo» e «dignifica o Estado», considera o Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

«O Governo e a FPF chegaram a um acordo há muito desejado pelas duas partes e que permite saldar as dívidas mútuas. Com isto, dignificamos o Estado e estamos a resolver um problema antigo», disse o ministro à Agência Lusa, após ser conhecido que a FPF pagou 11 milhões de euros à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para saldar dívidas fiscais dos clubes.

Para Miguel Relvas, «o entendimento implica encaixe imediato para os cofres públicos e só foi possível graças ao espírito de diálogo entre Governo e o atual presidente da federação», Fernando Gomes.

As negociações para encerrar o problema, que permanecia há 15 anos, duraram cerca de 11 meses, anunciou a FPF, que pagou integralmente as dívidas fiscais dos clubes, ficando com direito de regresso sobre eles, «nomeadamente no que diz respeito às verbas oriundas dos jogos sociais».

De fora do acordo ficam os clubes e SAD que deixaram de existir ou que têm contenciosos de outra ordem, como processos de insolvência, ou mudaram a forma de organização nos últimos tempos - ou seja Estrela da Amadora, Salgueiros, Chaves, Maia, União de Leiria e Boavista.