Portugal perdeu hoje com a Hungria por 2-0, na segunda jornada do Grupo C da Algarve Cup (Mundialito de futebol feminino), disputado em Vila Real de Santo António.

Um bis de Fanni Vagó (27 minutos e 90, de grande penalidade) deu os três pontos à Hungria, numa partida em que a seleção portuguesa jogou com 10 durante quase uma hora, por expulsão de Carole Costa (34).

A árbitra sueca Pernilla Larsson foi muito contestada pelo público devido à dualidade de critérios no capítulo disciplinar.

O selecionador de Portugal, António Violante, introduziu várias alterações relativamente ao jogo inicial com o País de Gales (vitória por 2-0) e apostou em Patrícia Morais na baliza, Regina Pereira, Carole Costa, Ana Valinho e Mariane Amaro na defesa, Cláudia Neto e Dolores Silva como dupla defensiva do meio-campo e Jéssica Silva, Edite Fernandes e Ana Borges no apoio à ponta-de-lança Ana Leite.

Depois de perder (1-0) com o México na primeira partida do grupo, na quarta-feira, a Hungria precisava de vencer para aspirar a estar na segunda fase da prova e ficou em boa posição para se adiantar no marcador logo aos 02 minutos, com a ajuda da chuva, que fez uma defesa portuguesa escorregar e deixar Zsanett Jakabfi isolada para fazer o “chapéu” a Patrícia Morais, mas a bola saiu por cima.

Aos cinco minutos, Henrietta Csiszar entrou na área e fintou a guarda-redes lusa, mas o relvado molhado também fez a bola rolar rápido demais e sair pela linha de fundo.

Portugal criou o primeiro lance de perigo aos nove minutos, quando Jéssica Silva entrou pelo corredor esquerdo e cruzou para Ana Leite, à entrada da área e sem marcação, rematar muito desviado.

Depois de um período de maior ascendente português, a Hungria acabou por inaugurar o marcador, aos 27 minutos, numa boa jogada do ataque culminada por Fanni Vagó, após assistência de Zsanett Jakabfi.

Quando nada fazia prever, Portugal ficou com a missão mais complicada aos 34 minutos, devido à expulsão de Carole Costa, que viu o cartão vermelho direto por agredir uma jogadora húngara num lance sem bola ainda no meio-campo ofensivo, obrigando António Violante a recuar Dolores Silva para o centro da defesa.

Aos 42 minutos, o selecionador substituiu Jéssica Silva por Mónica Mendes (42 minutos) e fez regressar Dolores Silva ao lugar de “trinco”, abdicando de uma das três jogadoras que atuavam no apoio à ponta-de-lança Ana Leite, enquanto o público contestava a dualidade de critérios da árbitra sueca Pernilla Larsson.

Nos primeiros 20 minutos da segunda parte, Portugal tentou colmatar a falta de um elemento com aplicação e vontade, mas a equipa não conseguiu superar a organização defensiva da Hungria, que quase chegou ao 2-0 aos 67 minutos, com Fanni Vagó a desfazer-se de toda a oposição e a rematar ao lado só com a guarda-redes lusa pela frente.

Portugal nunca conseguiu incomodar a guarda-redes húngara e ainda sofreu o 2-0 numa grande penalidade cometida por Patrícia Morais e transformada por Fanni Vagó, aos 90 minutos.

A derrota deixou Portugal e Hungria com três pontos e à espera do resultado do México-País de Gales, o outro encontro da segunda ronda do grupo C, que se disputa a partir das 18h00 em Vila Real de Santo António.