O governo português gostaria que o último jogo da seleção lusa antes do Mundial de futebol, contra a Grécia, se disputasse no Estádio Nacional, como forma de comemorar os 70 anos do complexo desportivo do Jamor.

Luís Marques Guedes, ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, que hoje visitou os trabalhos de reabilitação e recuperação no Jamor, assumiu o desejo de que se disputem jogos internacionais no Estádio Nacional já este ano, nomeadamente o Portugal-Grécia de 31 de maio.

Segundo o governante, uma das questões abordadas em reunião hoje mantida em São Bento, entre o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi a "oportunidade de, assinalando os 70 anos do Estádio Nacional, poder haver de novo um jogo da seleção nacional".

"Estamos a tentar, com a Federação Portuguesa de Futebol, que possa vir a ser possível que o último jogo de preparação antes da partida para o Mundial no Brasil seja realizado no Estádio Nacional", disse. "Isso seria para nós motivo de sastisfação imensa e penso que para todos os portugueses seria um motivo de orgulho grande".

Marques Guedes visitou, acompanhado pelo secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, as obras, no que considerou "uma jóia da coroa", apesar dos "problemas estruturais" que apresenta. Esteve, nomeadamente, nas instalações de apoio ao Centro de Treino de Râguebi e na ponte da Pista de Atividades Náuticas.

Só com o râguebi estão em curso intervenções orçamentadas em cerca de 355 mil euros, decorrendo também empreitadas no valor de cerca de 263 mil euros no Complexo de Piscinas, Carreira de Tiro, Centro de Estágio e Estádio de Honra, para um total de 617 mil euros - que se juntam aos 980 mil euros dispendidos ainda em 2013.

O novo alento para o Complexo Desportivo do Jamor passa muito pela Cidade do Futebol, projeto da FPA para as seleções, mas não se esgota por aí e Marques Guedes fala de um "investimento constante" no Jamor, para que possa ser palco de competições de outras modalidades, como o râguebi, que fica dotado de um campo próprio.

"Um complexo com esta ambição estará permanentemente em obras, a renovar-se e a tentar ir mais longe, para um conjunto vasto de modalidades desportivas", disse o ministro, que espera que a preparação de atletas e mesmo competições possam ser feitas à noite, após a nova aposta na iluminação do Jamor.

Mas é de facto o futebol a grande aposta para o Jamor explica Marques Guedes. "A nossa estratégia (Governo) passa muito relativamente à reabilitação e maior utilização do campo um, bem como pelo projeto da Cidade do Futebol, que em princípio arrancará já este ano", explicou.

Ainda antes da conclusão das alterações de fundo para o Jamor - o plano plurianual está programado até 2015 -, Marques relembrou que orçamento global no complexo "ronda anualmente os cinco milhões de euros" - em obra, manutenção e pessoal.