Depois da apresentação como substituto de Paulo Bento na Seleção de Portugal, Fernando Santos explicou que não tem medo de assumir o cargo, pois não teme pressões externas na sua escolha dos jogadores.

“Eu já tenho dois cães em casa para não ter medo. Para mim não temo rigorosamente nada. Eu acredito na competência, na equipa da seleção nacional, acredito muito nos jogadores, têm grande talento e acredito que poderemos estar no Europeu. Só queremos ganhar, é a palavra que existe”, começou por dizer.

Ainda no âmbito da renovação da formação lusa, o timoneiro, de 59 anos, assumiu que esta é um elemento indispensável atualmente. “É óbvio que a formação é importante. Antigamente a formação poderia ser menos importante porque formávamo-nos a jogar na rua com os amigos. Hoje isso não acontece e a formação é muito importante. Hoje não se joga à bola, mas sim futebol. Estamos na Seleção Nacional de Portugal e temos de ter jogadores de nível elevado”, explicou depois.

Questionado sobre a possível reentrada de atletas como Danny, Ricardo Carvalho e Tiago, anteriormente de fora devido às opções de Paulo Bento, o novo selecionador foi claro: “A partir do momento em que estamos aqui, todos os jogadores são convocáveis”.

O engenheiro eletrotécnico assegurou ainda que todos entrarão nas suas contas e explicou como foi subindo na sua carreira. “Eu nunca pensei em ser treinador de futebol. O Ângelo [antigo jogador do Benfica] mandou-me embora do treino ao fim de 20 minutos e depois pediu-me para ir lá e tornei-me jogador do Benfica. Depois convenci o [António] Fidalgo a ser treinador e eu fiquei como adjunto dele. A seguir disseram-me 'que o cavalo só passava uma vez' e montei no cavalo e fui para treinador do FC Porto”, declarou.

“Depois de estar na Grécia, depois de saber o que era o trabalho da seleção - porque errei tudo na primeira semana -, e depois de perceber aquilo que era o trabalho numa seleção, obviamente que, quando recebi este convite, só poderia dizer que sim e aqui estou”, concluiu.