Braga, a capital do Minho, pode entrar quinta-feira na história da seleção portuguesa de futebol como a sétima cidade a ser palco de uma qualificação, após Porto, Lisboa, Estugada (Alemanha), Aveiro, Zenica (Bósnia-Herzegovina) e Solna (Suécia).

Um ponto na receção à Dinamarca, na penúltima jornada do Grupo I de qualificação para o Europeu de 2016, é suficiente para Portugal garantir o apuramento e jogar face à Sérvia, domingo, em Belgrado, apenas para ‘cumprir calendário’.

A formação das ‘quinas’ vai disputar o 10.º encontro na cidade dos arcebispos, os seis primeiros no Estádio 1.º de Maio e os derradeiros três já na ‘pedreira’, construída para ser um dos palcos do Europeu de 2004.

Em Braga, Portugal soma quatro vitórias, dois empates e três desaires - com RDA (1-3, em 1986), França (0-2, em 1997) e Itália (1-2, em 2004) -, que, agora, não pode repetir, sendo que, em jogos oficiais, empatou com a Albânia (0-0, em 2008) e venceu o Azerbaijão (3-0, em 2012).

O primeiro palco de um apuramento foi o ‘desaparecido’ Estádio das Antas, onde, a 31 de outubro de 1965, bastou a Portugal e ao ‘rei’ Eusébio um ‘nulo’ com a Checoslováquia para selar o passaporte para o Mundial de Inglaterra, em 1966.

O apuramento seguinte, para o Europeu de 1984, aconteceu no antigo Estádio da Luz: foi o primeiro de quatro, já que também foi na anterior casa do Benfica que a equipa das ‘quinas’ garantiu a qualificação para os Europeus de 1996 e 2000 e o Mundial de 2002.

Quase sempre com assistências a rondar os 120.000 espetadores, Portugal qualificou-se na Luz com triunfos face à União Soviética (1-0, em 1983), à República da Irlanda (3-0, em 1995), à Hungria (3-0, em 1999) e à Estónia (5-0, em 2001).

Pelo meio, a seleção lusa viveu a 16 de outubro de 1985, no Neckarstadion, em Estugarda, um dos mais memoráveis jogos de apuramento, ao vencer a ‘imbatível’ RFA por 1-0, graças a um pontapé do ‘meio da rua’ de Carlos Manuel, que concretizou o ‘sonho’ de José Torres.

Duas décadas depois, em 2005, Aveiro tornou-se a terceira cidade lusa a acolher um jogo de qualificação. Num embate em que bastava o empate, Portugal esteve a perder com o Liechtenstein, mas acabou por vencer por 2-1.

O Estádio do Dragão entrou para a lista em 2007, num jogo em que bastou um ‘nulo’ face à Finlândia, como 42 anos antes, nas Antas, então face aos checoslovacos.

Em 2009, Portugal selou o primeiro apuramento num ‘play-off’, e o palco foi a cidade de Zenica, na Bósnia-Herzegovina, onde Portugal venceu por 1-0, o mesmo resultado que havia conseguido na Luz.

O novo palco dos ‘encarnados’ entrou para a história em 2011, em novo ‘play-off’ com o conjunto bósnio: após um empate sem golos em reduto alheio, novamente em Zenica, o conjunto das ‘quinas’ goleou em casa por 6-2.

Seguiu-se Solna, onde Portugal venceu a Suécia por 3-2, em novo ‘play-off’, de apuramento para o Mundial de 2014: a 19 de novembro de 2013, e após um triunfo caseiro por 1-0, a seleção lusa venceu no Frieds Arena, nos arredores de Estocolmo, por 3-2, com um ‘hat-trick’ de Cristiano Ronaldo.

Depois de Porto (duas vezes, nas Antas e no Dragão), Lisboa (cinco vezes, quatro vezes na antiga Luz e uma na nova), Estugarda, Aveiro, Zenica e Solna, um empate separa Braga de entrar na história da seleção portuguesa de futebol, como o nono palco e a sétima cidade, quarta em solo luso.

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