O FC Porto arrancou um empate a uma bola frente ao SC Braga, em jogo da quarta jornada da Taça da Liga. Os "dragões" foram para o intervalo a ganhar mas a jogar com menos dois, graças as expulsões de Diego Reyes aos 33 e Evandro aos 40. No segundo tempo, Helton foi monstruoso e defendeu quase tudo. Os golos foram marcados por Evandro e Alan, todos de grande penalidade.

Este jogo vai fazer correr muita tinta: três expulsões no FC Porto, duas grandes penalidades e outros lances muito contestados pelos intervenientes no jogo.

Na visita à Pedreira, uma vitória deixaria o FC Porto com um pé e meio nas meias-finais da Taça da Liga, o único troféu nacional que os "dragões" ainda não venceram (duas finais perdidas, com Benfica e SC Braga). Para este jogo, Lopetegui fez várias mexidas, dando a titularidade a Hélton, Ricardo Pereira, Diego Reyes, Campanha, Marcano, Evandro, Adrian Lopez e o jovem Gonçalo Paciência, da equipa B. Conceição também mexeu, com as entradas de Luís Carlos, Sasso e Agra e ainda o guarda-redes russo Kritsyuk.

Num terreno onde o FC Porto costuma ser feliz mas sempre com muitas dificuldades, a turma de Lopetegui vai marcar no primeiro remate enquadrado com a baliza. Após cruzamento de Ricardo Pereira, Sasso envolve-se com Gonçalo Paciência, provocando a queda do jovem avançado. O árbitro Cosme Machado atendeu a sinalética do auxiliar e marcou grande penalidade, que Evandro converteu, aos 25 minutos.

Depois entrou em cena Diego Reyes e Cosme Machado, árbitro do encontro. O jovem mexicano, que tanto tem reclamado por oportunidades, viu dois amarelos num espaço de sete minutos. O primeiro numa falta sobre Alan a meio-campo, o segundo num derrube a Zé Luis à entrada da área.

Minutos depois, Sasso fez uma falta idêntica a que deu o segundo amarelo a Reyes mas o árbitro não manteve o mesmo critério, para desespero dos jogadores do FC Porto, que pediam a expulsão do central francês. Tudo se complicou para o FC Porto aos 40 minutos, quando Cosme Machado mostrou vermelho direto a Evandro, por considerar que agrediu o médio a Pedro Santos. Decisão polémica do árbitro, com os jogadores do FC Porto muito revoltados, principalmente Campaña, que viu amarelo.

O intervalo chegava com o FC Porto em vantagem mas com menos dois. Antero Henrique protestou e muito com Cosme Machado ainda no relvado e acabou expulso.

No segundo tempo, Lopetegui teve de meter mais unidades com cariz defensiva, retirando Gonçalo Paciência para fazer entrar Herrera. Conceição só tinha uma solução: arriscar tudo. Meteu Éder e Rafa para os lugares dos defesas Sasso e Baiano. O empate minhoto surge numa grande penalidade convertida por Alan, a castigar falta de Martins Indi (entrou para o lugar de Quintero no primeiro tempo) sobre Zé Luís, num lance idêntico ao que tinha dado golo ao FC Porto. Alain, num duelo de capitães, bateu Helton e empatou o jogo.

Nos 38 minutos que restavam até ao final, foi resistir, resistir, resistir por parte do FC Porto. O Braga tomou de assalto a baliza de Helton mas o guardião dos "dragões", com uma exibição memorável, foi defendendo tudo o que havia para defender. Negou o golo a Rafa aos 79, a Éder aos 82, a Rafa aos 87, a Alan aos 89 e a Éder aos 90+2, com defesas brilhantes. Os "dragões", mesmo com menos dois, dispuseram de duas grandes oportunidades para vencer o jogo, por Tello (isolado, permitiu a defesa a Kristsyuk) e por Angel, num contra-ataque aos 89.

O FC Porto aguentou todas as investidas minhotas e sai de Braga com um empate, que o deixa perto do apuramento para as meias-finais.