Depois de soar o apito final no jogo Chaves - Naval, que a equipa azul-grená venceu por 2 -1, carimbando o passaporte para a final da Taça de Portugal, os adeptos começaram de imediato a organizar excursões a Lisboa.

Em cada rua ou estabelecimento comercial da cidade flaviense se encontra um cartaz de uma qualquer excursão a dizer "inscreva-se e venha apoiar a sua equipa".

Nos restaurantes, em grupos de amigos, nas associações, nos quiosques, em todos os cantos da cidade há flavienses a organizar excursões, o que esgotou a frota de autocarros em Chaves.

"Tive de ir a Espanha alugar o autocarro, porque aqui em Chaves já não havia nenhum disponível", adiantou Sérgio Fernandes, uma das pessoas que está a organizar uma digressão.

Para além de pessoas individuais, cada freguesia do município organizou uma excursão a Lisboa, que contou com o apoio da autarquia flaviense, fazendo com que a viagem ao Jamor tenha um custo de cinco euros. Caso contrário, a viagem para assistir ao jogo do Chaves ficaria em 20 euros.

A cargo do Desportivo de Chaves estão apenas dois autocarros, porque "houve muita gente a organizar excursões", disse à Lusa o presidente do clube, Mário Carneiro.

Para além das inúmeras viagens organizadas, os flavienses querem estar "vestidos a rigor" na Taça. Por isso, o clube criou um kit composto por "t-shirt", boné e cachecol, que tem de ser adquirido na compra do bilhete, por 15 euros para sócios e 20 euros não sócios.

No dia do jogo, no Estádio Nacional, em Oeiras, o Desportivo de Chaves vai ter uma barraquinha com alguns artigos à venda, alusivos à presença histórica do clube na final da Taça, para quem quiser comprar.

"Vai tanta gente ver o jogo que nesse dia muita coisa vai ser assaltada, a cidade vai ficar deserta", referiu Amélia Lopes.
Ivo Santos, que já adquiriu o ingresso, adiantou que vai ao Jamor, mas não com o mesmo ânimo: "É triste saber que o Chaves desceu, mas agora temos é de pensar no jogo de domingo".

Os flavienses que não vão a Lisboa terão se seguir o jogo pela televisão, dado não estar prevista a instalação de nenhum ecrã gigante na cidade.