José Couceiro estreia-se quarta-feira no comando técnico do Sporting frente ao Benfica, nas meias-finais da Taça da Liga de futebol, mas os treinadores substitutos nas equipas da Liga nem sempre entram com o pé direito.

Carlos Mozer, na Naval 1.º de Maio, e Ulisses Morais, na Académica, são os únicos técnicos com estreias vitoriosas após “chicotadas”, ambos com triunfos no terreno do Vitória de Guimarães, em jogos do campeonato.

Menos exemplares foram os primeiros jogos de Pedro Martins, no comando do Marítimo, e José Guilherme, também na “Briosa”, que resultaram em empates frente a Beira-Mar (1-1) e Paços de Ferreira (0-0), respectivamente.

Piores resultados obtiveram Rogério Gonçalves, depois de assumir o cargo do interino Fernando Mira, que substituiu o francês Victor Zvunka na Naval 1.º de Maio, e Carlos Azenha, no primeiro encontro ao serviço do Portimonense.

Rogério Gonçalves foi eliminado da Taça de Portugal logo no primeiro desafio, ao perder na recepção ao Marítimo por 2-0, em jogo da terceira eliminatória, enquanto Azenha foi derrotado em casa pelo Vitória de Setúbal (4-3), na 15.ª jornada da Liga.

Couceiro, até agora director geral da SAD do Sporting, vai desempatar este equilíbrio nas repercussões imediatas das “chicotadas” na visita à Luz, quarta-feira, e logo na discussão pela presença na final da Taça da Liga.

Esta não é uma situação inédita na carreira do novo treinador dos “leões”, que, em 2004/2005, assumiu o comando técnico do FC Porto a meio da época, após a saída do espanhol Victor Fernandez.

Na altura, Couceiro estreou-se à 20.ª jornada, com uma vitória no terreno do Estoril-Praia, por 2-1, com golos de Bosingwa e Ricardo Quaresma, para os “dragões”, e de Fellahi, para os anfitriões.

Menos inspiradora foi a sua primeira partida como timoneiro do Belenenses, na temporada 2005/2006, quando, após suceder a Carlos Carvalhal, foi perder a Braga por 2-0, frente ao Sporting local, vencedor com um golo de João Tomás e um auto-golo de Sandro Gaúcho.

Além destas “substituições”, o novo treinador do Sporting, de 48 anos, conta no currículo com passagens pelos bancos do Alverca e do Vitória de Setúbal, em Portugal, pelo comando da selecção lusa de sub-21 e sub-20, dos turcos do Gaziantepspor e dos lituanos do Kaunas, assim como da selecção principal da Lituânia.

Como jogador, o sobrinho-neto de Fernando Peyroteo, começou nos iniciados do Belenenses e, já juvenil, transitou para o Sporting. Como sénior, representou o Montijo (1981/82), Barreirense (de 1982 a 1985), Atlético (1985/86), Torreense (de 1986 a 1988 e de 1989 a 1991), Oriental (1988/89) e Estrela da Amadora (1991/92).

Licenciado em Economia e pós-graduado em Direito Desportivo, Couceiro assumiu também cargos directivos, primeiro como responsável do Sindicato de Jogadores, depois nas SAD de Sporting e Alverca.

O dérbi de quarta-feira vai marcar também o reencontro de Couceiro com Raul José, que foi seu adjunto no Alverca, e actualmente coadjuva Jorge Jesus nos “encarnados”.