O treinador do Paços de Ferreira, Henrique Calisto, disse hoje acreditar que o FC Porto não irá arriscar quebrar o nível ascendente na Mata Real, no jogo da terceira fase da Taça da Liga de futebol.

«O FC Porto tem um plantel de grande qualidade e os jogadores que terão agora uma oportunidade vão ter uns índices motivacionais elevados. O Porto vem num crescendo de rendimento acentuado e não pode arriscar uma quebra», disse Henrique Calisto.

Nesse sentido, o técnico da formação pacense arriscou dizer que os líderes da Liga «não vêm jogar com a segunda equipa, nem com a equipa que habitualmente vem jogando», mas «com um misto» de jogadores.

Para Henrique Calisto, ganhar pontos ao FC Porto será «determinante» para a classificação no grupo, mas reconheceu qualidades aos atuais campeões nacionais, lembrando o último jogo, no Dragão, frente ao Marítimo, para dizer que «[o FC Porto] realizou um jogo de grande qualidade» e revelou «muito caráter, ambição e grande vontade de vencer».

O Paços de Ferreira é finalista vencido da competição e joga em casa, mas estes factos motivacionais podem não representar muito para a equipa numa fase em que «os índices de confiança não são muito elevados», embora Henrique Calisto espere que os jogadores encarem este encontro como «não havendo nada a perder».

Ao fim de dois jogos à frente da equipa, com derrotas frente ao Sporting de Braga e Beira-Mar para a Liga, Calisto já viu melhorias na equipa «em aspetos fundamentais do jogo, como a posse de bola», esperando «manter os índices de progresso e não repetir os erros individuais».

Para melhorar a equipa, no último lugar da Liga, o técnico pacense disse ser necessário «reencontrar a identidade do Paços de Ferreira dos últimos anos», aumentando os índices de agressividade para que a equipa volte a ser «determinada, auto-confiante e mande em casa», sendo que estes predicados devem ser respeitados pelos futuros reforços.

Para a receção ao FC Porto, Calisto prometeu jogar com «99 por cento dos jogadores que tem utilizado», admitindo apenas a troca do defesa direito, com a substituição de Marcelo Tchê, dispensado para se ir casar ao Brasil.

Não se considerando um «salvador», Henrique Calisto reconheceu que a equipa lhe provoca «dores de cabeça e insónias».

«O Paços de Ferreira é um grande desafio, em termos de desafio, rendimento, classificação e reestruturação do plantel. Não há impossíveis, mas a equipa tem muito que trabalhar», concluiu.

O encontro entre Paços de Ferreira e FC Porto, que se juntam a Vitória de Setúbal e Estoril-Praia no Grupo D da Taça da Liga, realiza-se pelas 21h00 de quarta-feira no Estádio da Mata Real.