O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo, afirmou esta quarta-feira, em Coimbra, que a Taça da Liga vai continuar mesmo com o alargamento do campeonato para 18 clubes, embora admita eventuais mudanças no figurino.

«Há ligas maiores do que a nossa, nomeadamente as que têm 20 clubes, que são maioritárias pela Europa, em que existe espaço para duas taças suplementares, a Taça do Rei, como aqui em Espanha, ou a Taça da Liga, portanto não vejo motivo para que a Taça da Liga desapareça», sublinhou o dirigente.

Mário Figueiredo, que intervinha na conferência de imprensa da apresentação da final da Taça da Liga, que se disputa sábado, em Coimbra, às 19h45, entre o FC Porto e o Braga, admitiu, no entanto, que possa «haver alguma alteração, mas que será mais de figurino do que outra questão qualquer».

O presidente da LPFP afastou ainda a hipótese do vencedor da Liga ter acesso direto às competições europeias, como forma de valorizar a competição.

«Isso dificilmente ocorrerá, tendo em conta o ranking que ocupamos nas competições europeias. Estar a tirar um acesso à Liga principal, que é aquela que carateriza e mais força tem, que é o campeonato nacional, para dar acesso pela Taça da Liga parece-me que não faz sentido», frisou.

O dirigente assegurou ainda que a Liga está a efetuar a distribuição das receitas da Taça da Liga pelos clubes participantes, «no mesmo ritmo do ano passado», e criticou ainda o Estado português por ainda não ter licenciado as apostas desportivas on-line.

Segundo Mário Figueiredo, «o próprio Estado português está a perder a oportunidade taxar e de receber impostos das apostas porque elas continuam a ser feitas».

«Nós vivemos num mundo globalizado e não podemos fechar os olhos à realidade que é a Internet hoje em dia, e quer portugueses, quer pessoas noutras partes do mundo, fazem apostas sobre os resultados das nossas competições e o que nós verificamos é que é proibida a um clube ou a uma Liga fazer publicidade às apostas on-line», lamentou.

«A questão fulcral neste momento é a importância que tem para o futebol profissional pela Europa fora as apostas on-line e apelava, mais uma vez, para resolvermos esse problema que é muito importante para os clubes, para a Liga e próprios órgãos de comunicação social», acrescentou Mário Figueiredo.