O Benfica reforçou hoje o estatuto de “rei” da Taça da Liga, a mais jovem competição do futebol português, ao somar o quinto título, em sete edições, num percurso com apenas uma derrota em 32 jogos.
A formação “encarnada” venceu a prova quatro vezes consecutivas, entre 2008/09 e 2011/12, batendo sucessivamente Sporting, FC Porto, Paços de Ferreira e Gil Vicente, e recuperou hoje o cetro, ao bater o Rio Ave por 2-0, na final de Leiria.
Em sete edições, só o Vitória de Setúbal derrotou o Benfica, a 31 de outubro de 2007, na segunda mão da quarta ronda, rumo ao triunfo na edição inaugural (2007/08), enquanto o Sporting de Braga venceu em 2012/13, após bater os “encarnados” na “lotaria”.
Em contraponto com o Benfica, os outros dois “grandes” do futebol luso estão em “branco”, contando cada qual duas finais perdidas: o Sporting caiu nas duas primeiras e o FC Porto na terceira e na última.
A Taça da Liga é cada vez mais “encarnada”, depois de uma primeira edição em que o clube da Luz nem esteve bem, caindo na quarta ronda perante o Vitória de Setúbal, vencedor por 2-1 no Bonfim, depois de ter empatado a um na Luz.
Os comandados de Carlos Carvalhal viriam a vencer a prova, ao derrotarem na final o Sporting, na “lotaria” das grandes penalidades (3-2), com o guarda-redes Eduardo em “grande”.
Começou, depois, o domínio do Benfica, que não mais perdeu qualquer jogo da Taça da Liga, seguindo numa série que já vai em 29 jogos consecutivos sem derrota: 24 vitórias e cinco empates, três dos quais com direito a desempates por penáltis.
Em 2008/09, os “encarnados”, comandados por Quique Flores, chegaram ao seu primeiro título precisamente nas grandes penalidades, que vitimaram novamente o Sporting.
Os “leões” ainda se adiantaram, mas um penálti inexistente, transformado por Jose Antonio Reyes (76 minutos), restabeleceu a igualdade, que se manteve até ao final dos 90 minutos.
Como a Taça da Liga não contempla prolongamento, a prova seguiu para as grandes penalidades e Quim foi “herói”, ao defender os pontapés de Rochemback, Derlei e Hélder Postiga. O Benfica venceu por 3-2, com Carlos Martins a marcar o pontapé decisivo.
Na época seguinte, a vitória foi bem mais categórica, pois incluiu um triunfo por 4-1 em Alvalade, face ao Sporting, nas meias-finais, e outro por 3-0 frente ao FC Porto, na final, com tentos de Ruben Amorim, Carlos Martins e Cardozo.
O segundo sucesso na “era” Jorge Jesus também passou por um triunfo nas “meias” face ao Sporting, desta vez na Luz, e com um golo a acabar de Javi Garcia (2-1). Na final, a primeira fora do Algarve, em Coimbra, o Paços de Ferreira também perdeu por 2-1.
O quarto triunfo consecutivo também teve como ponto alto a meia-final, com o Benfica a receber e bater o FC Porto por 3-2, depois de estar a perder por 2-1, num embate decidido pelo suplente Cardozo, aos 77 minutos. Na final, Saviola selou o triunfo por 2-1 sobre o Gil Vicente, aos 84.
Na época passada, os “encarnados” mantiveram a invencibilidade na “era” Jorge Jesus, mas caíram nas “meias”, frente ao Sporting de Braga. Após um empate a zero, Quim voltou a ser o “herói” dos penáltis, agora na baliza dos “arsenalistas” (3-2).
Depois de afastarem o Benfica, os minhotos acabaram por vencer a sexta edição da prova, ao vencerem na final o FC Porto por 1-0, em Coimbra, graças a uma grande penalidade apontada, em cima do intervalo, pelo brasileiro Alan.
Na presente temporada, e mesmo sempre com muitas poupanças, o conjunto da Luz somou um novo registo inédito, ao terminar a prova sem qualquer golo sofrido, nem nas “meias”, no Dragão, face ao FC Porto, com 10 mais de meia hora.
Steven Vitória foi expulso aos 31 minutos, mas a formação lisboeta, mesmo muito desfalcada, em vésperas da segunda mão das meias-finais da Liga Europa, segurou o “nulo” e, depois, afastou os “dragões” nos penáltis (4-3).