O Benfica carimbou esta noite a sua sexta presença na final da Taça da Liga, ao receber e vencer o Vitória de Setúbal, por 3-0, no Estádio da Luz.

Na primeira meia-final da prova - a outra está agendada para abril entre Marítimo e FC Porto -, os encarnados começaram por se apresentar com sete mudanças face ao onze que defrontou o Sporting, iniciando o encontro desta noite com as novidades Lisandro, Sílvio, Pizzi, Cristante, Talisca, Derley e Gonçalo Guedes.

Curiosamente, foi o Vitória de Setúbal quem mostrou mais argumentos à entrada da partida. A equipa de Bruno Ribeiro entrou desinibida no jogo, confirmando que o autocarro ficara mesmo fora de campo e lançou-se ao ataque da baliza de Artur. A ousadia quase compensava ao fim de apenas quatro minutos, mas Lisandro Lopez teve um corte providencial ao remate de Pelkas, quando a bola já se encaminhava para a baliza deserta dos anfitriões.

O susto teve o mérito de despertar a formação encarnada da letargia com que entrara nesta meia-final. As muitas alterações, porém, tiveram reflexos na qualidade exibicional, que esteve longe de ser brilhante. Com efeito, os encarnados assumiram o controlo do jogo, mas quase sem criarem ocasiões de golo, uma vez que tendiam a afunilar em demasia o jogo pelo centro, praticamente abdicando do ataque pelos flancos.

No entanto, o crescente caudal ofensivo fazia prever a chegada do golo encarnado, que apareceu à passagem dos 40 minutos. Gonçalo Guedes foi derrubado na área, deixando a grande penalidade a cargo da conversão de Talisca, que adiantou assim o Benfica no marcador. Do lance saiu ainda a expulsão de Advíncula, que reduziu os sadinos a 10 elementos. O golo e a expulsão foram como um 'murro no estômago' dos sadinos, que acusaram o tento e começaram a abrir espaços bem aproveitados pelo ataque encarnado.

Assim, foi preciso esperar somente mais cinco minutos para se verificar nova grande penalidade, desta feita sobre Talisca. Apesar dos protestos sadinos, o Benfica elevou mesmo para 2-0, por Pizzi, em cima do apito para o intervalo.

O segundo tempo foi um longo passeio de ataque para o Benfica, que beneficiou da falta de capacidade do Vitória para oferecer réplica. A inferioridade numérica tinha os seus custos e assim os encarnados passaram 45 minutos instalados no ataque. Assim, surgiu sem surpresa o 3-0, dos pés de Jonas (entrou ao intervalo para o lugar de Cristante), após boa jogada de Ola John, aos 73.

O encontro teve ainda a curiosidade de assinalar o regresso aos relvados de Ruben Amorim, após uma longa lesão.

Com este resultado, o Benfica carimbou a sua presença em mais uma final da Taça da Liga, onde espera confortavelmente por um adversário.