À sexta conquista, em oito edições, podemos dizer que Benfica e Taça da Liga são como o chocolate e o morango, ligam na perfeição.

É inevitável dizer que o Benfica tem demonstrado que esta Taça da Liga pode ser uma competição interessante, basta os clubes (e os dirigentes) quererem. A Liga Portuguesa de Clubes Profissionais preparou uma bela festa em Coimbra e os dois protagonistas souberam corresponder as expetativas.

A equipa encarnada chegava à cidade dos Estudantes com um percurso imaculado: Três jogos, nove pontos, sete golos marcados e zero sofridos na fase de grupos. Nas meias-finais venceu o Vitória de Setúbal por 3-0.

O Marítimo, que contou com o apoio de vários madeirenses, chegava à oitava final da Taça da Liga com o estatuto de carrasco do FC Porto, quando todos esperavam uma final entre os grandes rivais do futebol português.

O Marítimo mostrou ontem que foi um finalista merecedor. Correu que nem louco, quis muito levar aquele troféu para a ilha da Madeira. João Diogo ainda deu alento à equipa orientada por Ivo Vieira, ao marcar o golo aos 56 minutos.

Mas a confiança que o Benfica imprime no seu jogo não dá hipóteses, independentemente do nome do adversário nesta época, nas competições nacionais. E o Marítimo não foi exceção. Uma vez mais, Jonas conseguiu desbloquear os problemas de finalização do Benfica, tendo o brasileiro marcado o único golo do primeiro tempo.

Ola John acabou por o herói acidental desta final, ao marcar, em jeito de fúria, o segundo golo do Benfica, aquele que afinal deu a sexta da Taça da Liga aos encarnados. Esperamos que todos tenham visto o lance genial de Jonas, que parte para férias em grande forma.

No final a festa foi de todos, com os focos apontados para Jorge Jesus e para a sua possível saída do comando técnico do emblema da Luz. Quem também esteve debaixo das luzes foi o árbitro Carlos Xistra, que mostrou onze cartões amarelos e expulsou Raul Silva com um segundo amarelo. Nota essa que não passou ao lado do jogador brasileiro e do presidente do Marítimo.

Época terminada (em glória) para o Benfica, faltando saber se também para Jorge Jesus nos comandos das Águias.