Num jogo entre equipas de escalões diferentes - União de Leiria da Liga principal e Merelinense da Série Norte da II Divisão - seria expectável que os primo-divisionários tivessem de enfrentar menos dificuldades para garantir o apuramento.

Mas, talvez imbuídos pelo "espírito de festa da Taça", ou pelo facto de ainda não terem perdido para o campeonato, os locais deram luta e até mereciam o prolongamento.

O Merelinense começou a partida praticamente a vencer, com o golo madrugador marcado por Mokas, aos cinco minutos. Já a União de Leira só despertou depois do empate, conseguido através de um auto-golo de Cadete (aos nove minutos).

Os leirienses ainda conseguiram ir para o balneário em vantagem, graças a Kone, que finalizou bem um bom cruzamento de Marcos Soares (36 minutos) e graças aos bons reflexos de Hélder Godinho, que defendeu remates de Mokas (22), Paulinho Lopes (29) e Beck (41).

Aos 76 minutos, uma decisão polémica do árbitro Jorge Tavares marcou o desafio.

O juiz aveirense deixou-se iludir pelos jogadores leirienses e mostrou um amarelo a Elias, confundindo-o com o verdadeiro autor da falta sobre Vítor, Mamadou Tall, que, se visse cartão, seria expulso por acumulação de amarelos.

A partida terminou com os nervos à flor da pele e, na compensação, ambas as equipas tiveram oportunidade de chegar ao golo.

O conjunto orientado por Manuel Fernandes podia ter ampliado a vantagem por intermédio de Pateiro (91 minutos), enquanto Zé Manel quase obrigava o jogo a ir para compensação, aos 92, mas Godinho defendeu por instinto.