Os "dragões" podem igualar o Sporting no segundo lugar das equipas com mais taças caso atinjam e vençam a final deste ano. Passariam os dois a somar 15, ainda longe dos 24 troféus conquistados pelo Benfica, entretanto já afastado da competição.

Quando subirem ao relvado, as equipas carregam uma história de 20 duelos na Taça de Portugal e um total 35 jogos, com o FC Porto a dominar, com 12 apuramentos contra oito do rival.

Em termos globais, o confronto directo revela, no entanto, um equilíbrio maior, com 12-11 em vitórias para os portistas, além de 12 empates e uma curta vantagem "azul e branca" em golos (47-45).

A igualdade também se destaca nas quatro finais disputadas entre ambos, com os troféus repartidos equitativamente: as três primeiras precisaram de segundo jogo (finalíssima) e a última, há duas épocas, apenas foi resolvida na segunda parte do prolongamento.

Na prática, o que poderiam ter sido apenas quatro jogos e 360 minutos de futebol transformaram-se em... sete "batalhas", cinco delas com tempo extra, e longos 780 minutos de intenso equilíbrio.

A primeira final aconteceu em 1977/78 e, após um empate a um golo no primeiro jogo, após prolongamento, o Sporting venceu o segundo, a finalíssima, por 2-1, com tentos de Vítor Gomes e Manuel Fernandes. Seninho ainda reduziu, aos 80 minutos.

O segundo confronto (1993/94) também só foi decidido no segundo jogo, que, a exemplo do primeiro, não foi conclusivo em 90 minutos: o FC Porto venceu por 2-1, no tempo suplementar, graças a uma grande penalidade apontada por Aloísio, aos 91 minutos.

Em 1999/2000, e para não variar, o primeiro confronto nada decidiu, nem com a ajuda do prolongamento (1-1), pelo que se voltou a disputar uma finalíssima, de novo ganha pelos portistas, desta vez por 2-0, com tentos brasileiros de Clayton e Deco.

A última "batalha", em 2007/08 - já com os regulamentos a preverem a "lotaria" das grandes penalidades para decidir, em caso de igualdade nos 120 minutos -, também foi para tempo extra e quem resolveu foi o "leão" Rodrigo Tiui, com golos aos 112 e 117 minutos.

Os duelos entre "dragões" e "leões" na segunda prova mais importante do calendário futebolístico luso não se resumem, porém, às finais, pois têm uma longa história que começou na primeira eliminatória da longínqua sexta edição da competição, em 1943/44.

A 16 de Abril de 1944, no Estádio do Lima, no Porto, os anfitriões venceram por 2-0, com tentos de Correia Dias e Artur de Sousa "Pinga", e, a 23 de Abril, no Lumiar, em Lisboa, os portistas estiveram a perder por 3-1, mas chegaram à igualdade (3-3).

A última das 20 eliminatórias registou-se na época passada - já com os regulamentos a preverem a "lotaria" das grandes penalidades para decidir, em caso de igualdade nos 120 minutos -, ficando decidida a favor do FC Porto desde a marca dos 11 metros (5-4), após o 1-1 no fim do prolongamento (golos de Liedson, aos 29, e Hulk, aos 59).