O Sporting chegou ao intervalo em vantagem, graças ao golo de Yannick, mas exibe hoje uma face mais apagada em relação às boas exibições que vinha assinando nos últimos encontros. Contra o Paços de Ferreira, num jogo que Paulo Sérgio considerou como “uma final” no objectivo da Taça de Portugal, os leões mostram-se pouco acutilantes e sem muitas ideias.

O regresso de Liedson ao onze parece ter baralhado o rumo da equipa, que estabilizara com Valdés ao lado de Postiga no ataque. Todavia, o regresso do chileno ao flanco esquerdo do meio-campo afastou a criatividade leonina da área adversária. E o Paços de Ferreira, que pouco ou nada fez até ao momento, agradece as trocas de Paulo Sérgio, que hoje colocou a equipa num 4x4x2 mais clássico.

Os pacenses mostram que vieram a Alvalade dispostos a retardar ao máximo o golo do Sporting e assim conseguir enervar os leões. A estratégia resultou parcialmente, mas o golo de Yannick ao cair do pano faz ruir a táctica pacense, numa primeira parte monótona.

Contudo, o Sporting podia ter escrito uma história diferente, caso Postiga tivesse aproveitado uma boa ocasião logo aos 6’, ao cabecear ao lado da baliza de Cássio.

Sempre num ritmo demasiado baixo e sem velocidade, o Sporting foi pouco pressionante e não explorou a timidez dos ‘castores’, que se remeteram quase exclusivamente ao seu meio-campo, mais preocupados em cortar espaços do que no contra-ataque. Os leões estavam demasiado dependentes das iniciativas de Valdés e Postiga para criar perigo.

O encontro arrastou-se numa certa letargia, apenas quebrada com o tiro de André Santos à trave aos 36’. O Sporting parece ter acordado e começou a pressionar mais o adversário, que acabou por facilitar já nos descontos, abrindo uma “auto-estrada” para Yannick fugir e atirar para o 1-0, com a bola ainda a desviar num defesa.

O Sporting chega ao intervalo com uma vantagem merecida, mas sem grande virtuosismo e num estádio José Alvalade demasiado despido de público.