Vítor Campos, antigo jogador da Académica e que disputou a final da Taça de Portugal de 1969, defendeu esta quarta-feira uma maior aproximação do clube à academia, depois de a “Briosa” ter assegurado a sua quinta presença no Jamor.

«O paradigma da Académica mudou muito, na minha perspetiva mudou de mais, embora o clube atual seja hoje um organismo autónomo da Associação Académica de Coimbra, penso que não está tão ligado à academia como devia», disse o médico, antigo extremo dos “estudantes”.

Aproveitando o apuramento da “Briosa” para a final da Taça de Portugal, Vítor Campos fez um apelo para que se aproveite «esta circunstância para uma aproximação verdadeira e profícua entre as estruturas, porque todos têm a ganhar com isso».

Para Vítor Campos, «é preciso aproveitar estes momentos de euforia», «para que se revejam posições e para que se abalance a instituição para uma aproximação com a casa mãe, que é benéfica para toda a gente, para a cidade e para a própria Académica, que tem prestígio internacional».

O antigo futebolista recordou que «nas outras finais havia muita componente estudantil na equipa», lembrando que em 1969 a Académica teve «uma participação político-desportiva muito relevante», na contestação ao regime anterior.

Vítor Campos disse ainda que a “Briosa” tem condições para vencer a final da Taça de Portugal, independentemente do adversário, que será encontrado hoje no encontro entre o Nacional da Madeira e Sporting.

«Teoricamente, o Nacional era melhor para nós, mas o Sporting é um grande clube e, nas finais, tudo pode acontecer», enfatizou o antigo extremo dos “estudantes”.

A Académica, histórica vencedora da primeira edição (1938/39), garantiu na terça-feira, ao afastar a Oliveirense, da Liga de Honra, a sua quinta presença na final da Taça de Portugal, 43 anos depois da última vez.