Embora considere "quase impossível" a passagem à fase seguinte da Taça de Portugal de futebol, o treinador do Sporting da Covilhã, Francisco Chaló, diz que não apostaria todo o seu ordenado na vitória do Benfica no jogo da terceira eliminatória.

"Só há Taça se o Covilhã fizer algo mais do que o que toda a gente espera, que é perder. Eu ganho muito pouco, mas não apostaria o meu ordenado todo na vitória do Benfica", avisou hoje o técnico, em declarações à agência Lusa, antes do treino da equipa.

Para Francisco Chaló, ganhar aos ao campeão nacional "é muito difícil, é quase impossível". "O Benfica tem uma missão altamente facilitada. À medida que o tempo for passando, esperamos conseguir esbater essas diferenças, mas é muito difícil", acrescentou o técnico dos "leões da serra".

Apesar de sublinhar as "diferenças abismais" entre ambos os emblemas, o timoneiro dos serranos acentua que existir sempre "uma janela de oportunidade".

"É nessa fuga que vamos tentar jogar e ter a certeza de que vamos dignificar completamente o Covilhã", frisa.

Francico Chaló olha para o Benfica como uma equipa "bem orientada". "Para mim, em termos de complexidade ofensiva, é das equipas mais bem aquilatadas, fruto do trabalho do seu treinador e da qualidade técnica dos jogadores", avalia.

O treinador não antecipa qual vai ser a estratégia a seguir, mas entende existirem dois caminhos na abordagem ao jogo: "Olhar o adversário e tentar condicioná-lo ao máximo ou tentar fazer o que nós somos e esperar, como ontem disse o Fernando Santos, que Deus nos ajude".

Na preparação para o jogo de sábado, Chaló apenas não conta com o médio Flávio, que foi reintegrado, mas ainda está na fase final do tratamento da microrrotura na coxa esquerda.

Carlos Manuel, há quase duas semanas de regresso aos treinos, está totalmente integrado e Djikiné, há um mês parado, na sequência de uma operação ao menisco, também já tem alta médica.

O ugandês Kizito, ao serviço da seleção do seu país, apresenta-se na Covilhã na quinta-feira.