O Sporting domina o Benfica em eliminatórias a uma mão em casa para a Taça de Portugal de futebol, competição em que apenas uma única vez as ‘águias’ conseguiram eliminar o arquirrival no seu próprio terreno.

Em mais de um século de história, os dois emblemas decidiram o destino na Taça em confronto direto em 27 ocasiões, oito delas em finais (seis ganhas pelo Benfica), mas no terreno do ‘leão’ jogaram apenas oito vezes na fase a eliminar a uma mão.

Nesses duelos, reinou quase sempre o Sporting, por sete vezes, sendo preciso recuar até 1942/43 para assinalar a única vez que o Benfica venceu fora, a 13 de junho de 1943, no já extinto Campo do Lumiar.

Naquela que foi a quinta edição da Taça, com o húngaro Janos Biri ao comando, o Benfica venceria, num jogo em que esteve em vantagem por duas vezes e deixou-se empatar, até que Pires, com o seu segundo golo no jogo, fez o 3-2.

Foi a exceção a um autêntico reinado do ‘leão’, que conta com triunfos caseiros em 1941/42 (4-0), 1947/48 (3-0), 1975/76 (1-0, após prolongamento), 1976/77 (3-0), 1977/78 (3-1), 1983/84 (2-1) e 2007/08 (5-3).

Foi o último e único apuramento do Benfica em casa do Sporting, embora em outras duas ocasiões a equipa ‘encarnada’ tenha vencido (1944/45 e 1962/63), mas sem resultados práticos por ser a duas mãos e acabar eliminada.

Em tantos anos de história, na última vez que se encontraram em Alvalade para a Taça, o jogo foi uma autêntica montanha russa, com o Benfica a chegar ao intervalo a ganhar por 2-0 e o Sporting a marcar cinco golos a cerca de 20 minutos do final.

Os ‘leões’ chegaram ao 3-2, o rival ainda igualou a 3-3, mas a cinco minutos do fim mais dois golos ‘destroçaram’ o clube da Luz, que saiu vergado, num jogo que pensou ter na ‘mão’ e que abriu caminho ao Sporting, de Paulo Bento, para a final ganha ao FC Porto (2-0).

Do lado do Sporting, Rui Patrício e Adrien Silva são os ‘sobreviventes’ desse encontro, enquanto na equipa da Luz o único que se mantém é o ‘capitão’ Luisão, com Nuno Gomes e Rui Costa, que marcaram, em funções agora diretivas.

Globalmente, em 27 confrontos, o Sporting tem vantagem de um apuramento (14 contra 13), mas continua a ser o Benfica a ter mais finais ganhas em confronto direto (seis contra duas), algo que não acontece desde 1995/1996.

Os ‘leões’ também têm mais triunfos na globalidade dos jogos disputados (34, incluindo as eliminatórias a duas mãos), com 17 vitórias, contra 15 do Benfica, e dois empates, o que se reflete no maior número de golos marcados (70 contra 61).

Com mais finais ganhas, o Benfica é quem manda em campo neutro, com seis triunfos contra três e mais dois golos, mas igualmente em casa em jogos a uma única mão, com cinco apuramentos e uma eliminação.

A formação ‘encarnada’ levou a melhor em 1979/80, 1982/83, 1985/86, 2004/2005 e 2013/14, sendo apenas afastada em 1999/2000, época em que os ‘leões’ se impuseram por 3-1 na Luz, nos oitavos de final da competição, a 26 de janeiro de 2000.

Depois disso, o Benfica voltou a receber o rival em 2004/2005, a 26 de janeiro de 2005, num dos jogos mais empolgantes do ‘dérbi’ eterno, já com 105 anos de história, num jogo que apenas se decidiu nas grandes penalidades (7-6), a favor do Benfica.

Já o último jogo para a Taça aconteceu em 2013/14, também de incerteza quase até ao fim: um empate a 3-3 levou o encontro para prolongamento e foi Luisão, num lance em que Rui Patrício deixou fugir a bola, quem desfez a igualdade no prolongamento.

Um dérbi que teve três golos do paraguaio Cardozo, o melhor marcador estrangeiro do Benfica, e do qual resistem alguns jogadores que no sábado, em Alvalade, se irão reencontrar. No Benfica, Luisão, Sílvio, André Almeida e Gaitán, no Sporting, Rui Patrício, Jefferson, William Carvalho, André Martins, Adrien Silva, Montero, Carlos Mané e Slimani, além de Jorge Jesus, agora como treinador dos ‘leões’. Carrillo foi suplente utilizado, mas encontra-se agora suspenso.