O FC Porto procura conquistar no domingo o único troféu que lhe resta nesta época, ao defrontar na final da Taça de Portugal de futebol uma equipa do Sporting de Braga desejosa de retificar o desaire do ano passado.

Depois do ‘assalto’ falhado ao título nacional e da troca de treinador em janeiro, com José Peseiro a substituir o espanhol Julen Lopetegui, o FC Porto vê na Taça a última oportunidade para evitar terminar em ‘branco’ a terceira temporada seguida, ainda que tenha vencido a Supertaça em 2013, mas referente à época anterior.

Peseiro, que tal como o treinador bracarense, Paulo Fonseca, nunca ergueu o segundo troféu do futebol português, foi pragmático em declarações à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), qualificando o jogo do Estádio Nacional como o “mais importante e decisivo desta época, neste momento”.

O FC Porto, segundo clube com maior número de vitórias na prova, com 16 cetros, em igualdade com o Sporting, ambos com menos nove do que o recordista Benfica (25), não pisa o relvado do Jamor há cinco anos, desde 2011, quando venceu na final o Vitória de Guimarães, por 6-2.

O Braga volta a ter a oportunidade de erguer a Taça, um ano depois de a ter perdido no desempate por grandes penalidades (3-1) para o Sporting, que esteve a perder por 2-0 e só marcou o golo do empate 2-2 aos 90+3 minutos, precisamente, quando se assinala o cinquentenário da única conquista, em 1966.

Fonseca não esteve presente naquele desaire, pois os bracarenses eram treinados por Sérgio Conceição, mas há vários titulares daquele jogo que deverão voltar a entrar no ‘onze’ do Braga, que nesta época já venceu o FC Porto, em casa, por 3-1, tendo empatado 0-0 no Estádio Dragão, ambos na I Liga.

O técnico dos minhotos debate-se com mais problemas do que Peseiro, privado apenas do pouco utilizado Bueno, uma vez que não poderá contar com o defesa Arghus, suspenso, enquanto o defesa Boly e o médio Vukcevic estão ainda a recuperar de lesões.

A perspetiva histórica também não favorece muito os ‘arsenalistas’, que perderam 12 dos 16 encontros que disputaram com os ‘dragões’ na competição, entre os quais duas finais, em 1977 (1-0) e 1998 (3-1), tendo vencido apenas três e empatado um.

Ao contrário de outras competições, o FC Porto foi de uma regularidade exemplar na Taça, tendo vencido todos os seis jogos que realizou, apesar de apenas ter defrontado uma equipa da I Liga, o Boavista, derrotado por 1-0 e que falhou uma grande penalidade aos 90+4 minutos.

O Braga teve de medir forças com três primodivisionários, o Rio Ave, o Arouca e o Sporting, do qual se desforrou da derrota ‘fora de horas’ sofrida no Jamor, com um triunfo nos oitavos de final por 4-3 no prolongamento, depois de já ter necessitado de tempo extra para ultrapassar o ‘secundário’ Farense.

A 76.ª edição da final da Taça de Portugal, que já tem lotação esgotada, disputa-se no domingo, no Estádio Nacional, em Oeiras, com início às 17h15 horas, e será arbitrado por Artur Soares Dias, da associação do Porto.