O treinador do Vitória de Guimarães, Pedro Martins, afirmou hoje que a equipa vai procurar marcar ao Desportivo de Chaves na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal de futebol, apesar de estar em vantagem na eliminatória.

Os vimaranenses derrotaram os flavienses no encontro da primeira mão, disputado a 01 de março, em Guimarães, por 2-0, com um ‘bis’ de Hernâni, e partem para o jogo decisivo de terça-feira com a ida à sétima final da sua história bem encaminhada, mas o treinador avisou que a equipa vai apresentar-se com a mesma "essência" dos jogos anteriores, disposta a marcar, apesar das mudanças estratégicas.

"Vamos como se estivesse 0-0, vamos com o intuito de fazer golos. Não nos vamos perder em missões defensivas, porque esse não é o nosso ADN. Estrategicamente, [a equipa] muda sempre em qualquer jogo, mas a nossa essência, aquilo que nós pretendemos, vai ser sempre a mesma", disse, na conferência de antevisão ao jogo com os transmontanos.

O timoneiro frisou ainda que a equipa precisa de aliar aos golos "rigor" e "concentração" e de pensar bem em "todos os detalhes" de um jogo com "características muito próprias", de "uma final", em que espera um adversário à procura de chegar à final de 28 de maio, no Estádio Nacional, apesar dos dois golos de desvantagem para recuperar.

"Estou à espera de um Desportivo de Chaves forte, pressionante, que quer estar numa final e vai lutar por isso. Temos de estar com o máximo alerta durante os 90 minutos. Nos momentos em que vamos ter oportunidade, queremos fazer ‘mossa’", antecipou.

O técnico vitoriano recusou divulgar quem vai integrar o ‘onze’ e confirmar se o extremo Sturgeon é baixa, após ter saído lesionado no último jogo da I Liga, na sexta-feira - triunfo sobre o Nacional, por 2-1 -, mas, questionado sobre a forma como a equipa está a lidar, animicamente, com a vantagem de dois golos, respondeu que os jogadores têm sido alertados de que "nada está garantido".

"Temos jogadores com experiência. No primeiro jogo, disse que ainda estamos a meio e que há muito jogo pela frente. Há muitos exemplos em que equipas com resultados negativos conseguem alterá-los completamente. Não queremos que isso aconteça", salientou.

Pedro Martins confirmou ainda que a final da ‘prova rainha’ é uma meta traçada desde o início da época, pela "qualidade" do grupo e pelo "projeto" do clube, que permite estabelecer "objetivos ambiciosos", e negou ansiedade pela hipótese de garantir a primeira presença no Jamor como treinador, apesar de ter admitido que é um "sonho".

"É um sonho em que toda a gente gostaria de estar".