João Peixe, de 33 anos e formado no Benfica, assina hoje contrato por um ano com o Torreense, da III Divisão nacional. O avançado diz que quer ajudar o clube a subir de escalão.

"Se isso acontecer é a minha sétima subida de divisão e a quarta consecutiva. Venho para ajudar a concretizar esse objectivo, neste clube histórico", disse à Agência Lusa João Peixe, que já representou um recorde de 21 clubes na sua carreira futebolística.

O avançado, que na época passada alinhou pelo Rio Maior e pelo Tondela, aproveitou esta oportunidade para agradecer ao treinador do clube, Paulo Torres, a possibilidade de prosseguir a sua carreira futebolística.

“Estou muito contente por voltar a trabalhar com o Paulo Torres, com quem estive no Rio Maior. Conheço os seus métodos de trabalho e será uma honra jogar numa equipa 100 por cento portuguesa", reiterou o "veterano" jogador.

Sobre esta última vertente, João Peixe, apesar de já ter sido emigrante na Grécia, no Ionikos, defende o jogador português, opinando que "a Federação Portuguesa de Futebol devia pôr um travão na entrada de atletas estrangeiros".

"Devia haver um limite do número de estrangeiros no futebol nacional. Quem sai prejudicado neste processo são as selecções nacionais, que se ressentem desta realidade. Prevejo um futuro negro se este panorama continuar desta forma, mas confio no seleccionador Carlos Queiroz que está atento ao problema", opinou o atleta.

João Peixe relembra o passado das selecções jovens, nomeadamente o seu, com o título europeu de sub-18 conquistado em Mérida (1994), bem diferente da realidade actual, em que nem o apuramento tem sido conseguido.

Pelos “encarnados”, foi emprestado a Estrela da Amadora, Académica e Alverca.

Já desligado dos lisboetas, alinhou pelo Desportivo das Aves, Beja, Oriental, Sporting da Covilhã, Marco, Sanjoanense, Ionikos (Grécia), Pedras Rubras, Pombal, União Micaelense, Académico de Viseu, Estarreja, Benfica de Castelo Branco, União da Serra, Rio Maior e Tondela.