O técnico do Desportivo de Chaves demitiu-se no domingo, a duas jornadas do fim do campeonato nacional da II divisão em futebol, depois da vitória 2-1 sobre o Andorinha, alegando «incompatibilidades» com a direcção do clube.

Luís Miguel admitiu que sai «triste», mas, depois de algumas incompatibilidades com a direcção, alega que aquela era a «única saída».

«A minha ruptura não é com a cidade, nem com o grupo, é apenas com a direcção», sublinhou o treinador.

O Desportivo de Chaves, actual terceiro classificado da Zona Norte da II divisão, vive uma situação complicada, com um pedido de insolvência interposto por um antigo jogador e com os salários em atraso há cinco meses.

«Estar com os salários em atraso, de uma ou outra forma, íamos aguentando, mas não admito que interfiram no meu trabalho», frisou Luís Miguel.

O técnico admitiu que motivar um plantel com estas dificuldades era «extremamente difícil», contudo referiu: «Sempre me disseram que as coisas se estavam a resolver, mas, na verdade, os problemas estavam era a agravar-se cada vez mais».

O presidente do clube, Mário Carneiro, afirmou à Lusa que a direcção ficou «semi-surpreendido» com esta decisão do técnico.

Luís Miguel apontou «incompatibilidades» com a direcção para justificar a sua demissão, mas Mário Carneiro não quis fazer comentários, dizendo apenas: «É a sua justificação e temos de respeitar».

A duas jornadas de terminar a época, serão os capitães da equipa a assumir o comando técnico.

Um dos capitães da equipa, João Fernandes, adiantou à Lusa que os jogadores tentaram «demover» o treinador, mas não conseguiram.

«Ficamos tristes, mas temos de respeitar a opção dele», afirmou.

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