Desde 1992 nos leões, Paulo Fernandes vê o seu nome cruzar-se com a história do clube na modalidade. “Tenho orgulho ser o único totalista em todos os dérbis, nenhum foi igual e isso é que os torna especiais”, revela o técnico, cuja função diz não ter horários: “Há sempre vídeos para ver, treinos para preparar…”

Sobre o encontro de amanhã, o treinador leonino recusa adoptar uma “estratégia especial” e também não espera que isso aconteça do lado do Benfica. “O modelo está adquirido pelos atletas de ambas as equipas, só pontualmente é que o treinador, em função dos jogadores em campo, poderá adoptar outra estratégia”, frisa. Perante o tricampeão nacional, Paulo Fernandes mostra-se consciente das dificuldades e elogia o grande rival, comandado por André Lima. “O Benfica tem plantel mais homogéneo e experiente, bem como jogadores de inigualável categoria”.

O Sporting procura reerguer-se esta temporada da instabilidade vivida na época passada. Paulo Fernandes reconhece que a saída foi um cenário real. “Senti-me numa altura dessa fase mais fora do que dentro [do Sporting]”, admite, em alusão aos “muitos momentos menos bons” da equipa. Saíram referências como Zezito e Bibi, mas chegaram Caio Japa ou Cardinal, entre outros. Todavia, o técnico vislumbra agora um plantel mais equilibrado e garante que os novos reforços “parece que já fazem parte desta equipa há já alguns anos”.

Apontando baterias ao campeonato, Paulo Fernandes espera por um futuro mais próximos dos adeptos, no novo pavilhão do clube, cuja construção foi aprovada na última Assembleia-Geral e que deverá ver a luz do dia até 2012. “Já esperava há seis anos, quando a antiga nave foi destruída. Sonhamos sempre ter a nossa casa”, afirma.

Paulo Fernandes recusa comparações a Paulo Bento pelas várias épocas em Alvalade que ambos já levam, mas frisa que “tem alguns anos de avanço”. “Já vi passar por aqui seis presidentes”, conclui, sem conter o riso, que espera manter após o dérbi de amanhã (17h00, RTP2).