Zézito esteve presente em dois Mundiais e três Europeus de futsal e por isso conhece como ninguém o que os atletas sentem nestas grandes competições internacionais.

Em entrevista ao SAPO Desporto, o jogador do SL Olivais considera que Portugal está agora mais preparado para ganhar uma grande competição, do que estava em 2007, quando o Europeu da modalidade se realizou em Portugal: “Há dois anos atrás ficámos com um amargo de boca. Na altura Portugal foi um pouco infeliz na forma como perdeu nas meias-finais porque acho que foi superior à Espanha nesse jogo (…) Agora estamos mais preparados para conseguir um objectivo claro, que eu penso que passa por chegar à final. Portugal tem todas as condições para atingi-la”.

Mas para que isso aconteça, a equipa das quinas terá de ultrapassar a primeira fase onde encontrará as selecções da Bielorrússia e da Espanha.

O antigo internacional português fez uma análise aos adversários de Portugal nesta primeira fase. Sobre a Bielorrússia, Zézito lembrou que apesar de ser uma estreante em fases finais de Europeus poderá criar dificuldades: “A Bielorrússia não vai ser fácil. Existiam muitas diferenças há uns anos, mas agora as coisas estão diferentes. Esses países já não estão tão fracos como eram no passado. Portugal vai ter de ter muita paciência, ainda para mais, sendo o primeiro jogo, pode existir alguma ansiedade”.

O outro adversário de Portugal dispensa apresentações. A equipa  espanhola já conquistou por três vezes o título europeu e é a mais forte candidata. O jogador do SL Olivais reconhece o poderio da armada espanhola, mas não enjeita uma surpresa de Portugal: “A Espanha é a principal candidata, é campeã em título e tem algo que os outros não têm. Na última década ganhou tudo. A Espanha tem o hábito de ganhar que conta muito mas se Portugal tiver paciência e controlo emocional poderá vencer esse jogo”.

Uma das contrariedades de Portugal para este Europeu é a ausência de Ricardinho por lesão. O antigo internacional português reconhece que o jogador do Benfica faz muita falta nesta selecção: “Mentiria se dissesse que não tinha influência. Nenhuma selecção pode prescindir de um dos melhores jogadores do Mundo. O Ricardinho é mesmo um jogador fenomenal mas  Portugal não se pode lamentar e tem de jogar com outras armas, neste caso, com o colectivo. É a equipa no seu todo que pode levar Portugal ao sucesso”.

Aos 37 anos Zézito continua a jogar na primeira divisão do campeonato de futsal, mas as presenças em fases finais de competições internacionais já fazem parte do passado.

O jogador recordou nesta entrevista aquilo que mais o marcou ao serviço da equipa das quinas: “O Mundial da Guatemala (2000) como é lógico. Ganhámos uma medalha e foi incrível na altura conseguirmos esse feito. São momentos únicos na carreira de um atleta”.

O Europeu de futsal na Hungria terá início no dia 19 de Janeiro.

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