Depois de um quarto lugar no Europeu 2007, Paulo Fernandes espera agora em 2010 que a equipa das quinas supere esse resultado e se consiga afirmar definitivamente na Europa: “As minhas expectativas são as de todos os portugueses, que Portugal consiga fazer a melhor classificação alguma vez feita num Europeu (…) Penso que Portugal, nestes dois últimos anos, cresceu como equipa e os seus jogadores estão no pico da sua experiência, principalmente o seu núcleo forte. Acredito plenamente que Portugal consiga fazer um excelente Europeu”.

No grupo C Portugal conta com a presença de duas equipas: Bielorrússia e Espanha.

O primeiro jogo da selecção nacional está agendado para o dia 22 contra a equipa bielorrussa, dois dias depois de esta já ter jogado com a Espanha. Na opinião do técnico dos leões isso será uma vantagem para a equipa das quinas: “O primeiro jogo é sempre o mais importante e Portugal parte com uma vantagem quando jogar com a Bielorrússia, por já ter observado dois dias antes o jogo entre a Espanha e a Bielorrússia. Tem a oportunidade de antes do confronto, analisar assim as duas equipas adversárias”.

A presença da Espanha neste grupo é também vantajosa, segundo Paulo Fernandes, porque isso “significa que Portugal não a volta a defrontar até à final”.

Uma ausência certa neste Europeu é a do jogador do Benfica Ricardinho. O ala lesionou-se durante um encontro entre os encarnados e o Freixieiro, não conseguindo depois, durante o estágio da selecção, recuperar da mesma.
Paulo Fernandes reconhece que esta é uma baixa de vulto, tal a qualidade do jogador, no entanto afirma que a equipa das quinas irá superar isto através da união do colectivo: “Qualquer treinador ou seleccionador gostaria de contar com os melhores praticantes do seu país. Sabendo a capacidade e da qualidade do Ricardinho, e não tendo quantitativamente jogadores para desequilibrarem, o seleccionador terá que apelar mais ao colectivo. Aí será bastante importante a mentalização dos jogadores”.

O núcleo duro da selecção portuguesa é composto por atletas na casa dos trinta anos. Apesar da idade, Paulo Fernandes não acredita ser esta a última oportunidade destes conquistarem uma grande prova internacional, pois defende que eles continuarão ao serviço da selecção por mais alguns anos: “Não acredito que seja o último Europeu para a maior parte dos jogadores, até porque os conheço e sei a forma como trabalham. Se tivermos a falar de um núcleo duro de sete,oito jogadores e se por ventura um ou dois não possam estar presentes, não vai ser por aí que Portugal terá menos capacidade no futuro”.

O Europeu de futsal decorre na Hungria entre dia 19 e 30 de Janeiro.