Esta noite assistiu-se a uma partida com duas partes bem distintas no Fönix Arena em Debrecen. Nos primeiros vinte minutos tivemos uma equipa portuguesa dona e senhora do jogo e a ir para o intervalo com uma vantagem (2-1) que pecava por escassava. Na segunda parte, a Bielorrússia cresceu, agigantou-se e em contra-ataques venenosos conseguiu marcar e colocar o resultado nuns impensáveis 4-2.

Tudo começou com Portugal a assumir, desde o primeiro minuto, o jogo e a remeter a equipa adversária para a sua defensiva. Arnaldo Pereira esteve em evidência nos primeiros momentos ao protagonizar três lances passíveis de golos.

A Bielorrússia respondeu por

Kuznetsov aos 2m30s de jogo. O número 11 bielorrusso rematou forte proporcionando uma defesa apertada a João Benedito. A verdade é que essa foi a única defesa do guarda-redes português em todo o primeiro tempo.

Portugal continuou a carregar e a falhar, até que apareceu Fernando Cardinal. Aos 7 minutos do primeiro tempo, o pivot recebeu a bola dentro da área, rodopiou sobre o seu opositor directo e disferiu um remate cruzado de pé direito que só parou no fundo das redes da baliza bielorrussa.

A partir do primeiro golo, a Bielorrússia foi sendo cada vez mais encostada às cordas e foi naturalmente que surgiu o segundo golo de Portugal.

Aos 13 minutos da primeira parte, deu-se uma perda de bola da selecção bielorrussa em zona proibida, que foi aproveitada da melhor forma por Gonçalo Alves. O jogador português ganhou a bola, tocou-a para o lado direito onde surgiu Joel Queirós que rematou e fez o segundo da equipa das quinas.

Perante tal supremacia, nada fazia adivinhar o golo bielorrusso, ao cair do pano, na primeira parte. Aleksander Chemik, jogador referido por Orlando Duarte em conferência de imprensa, recebeu um passe de Popov e, no coração da área, só teve de encostar para o primeiro da partida. 2-1 foi o resultado que se registou ao intervalo.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro, Portugal a dispor de oportunidades mas a bola a não entrar.

A Bielorrússia, equipa fria por natureza, foi aguentando essa pressão e de um momento para o outro chegou à igualdade. Popov ganhou a bola a Israel e rematou de longe, empatando a partida.

A selecção das quinas abanou com este golo e perdeu algum discernimento na circulação de bola. A Bielorrússia manteve a sua estratégia, fechava-se bem e, em contra-ataques rápidos, procurava chegar ao golo.

Ao cabo de uns minutos, a formação de leste viu a sua estratégia ser coroada com êxito. Em dois minutos, Popov e Gayduk colocaram a bielorrússia a vencer por impensáveis 4-2.

Mas entretanto voltou a aparecer Cardinal. O jovem jogador português foi um dos principais responsáveis na hora de inverter este resultado.

Foi este quem sofreu a grande penalidade que permitiu a Joel Queirós colocar Portugal a perder pela margem mínima, e foi o mesmo Cardinal que, após mais um excelente trabalho dentro da área, apontou o golo do empate.

Não tendo nada a perder, o técnico Valeri Dosko colocou um guarda-redes avançado em busca da vitória final. Portugal fecha-se a sete cadeados e espera por um erro dos bielorrussos. Este acabou mesmo por acontecer a 1m22s do fim. Arnaldo roubou a bola a Chemik, guarda-redes avançado, e seguiu em grande velocidade para a área apontando o quinto golo da formação portuguesa.

Com tão pouco tempo para jogar parecia que a vitória portuguesa estava assegurada. No entanto, a dois segundos do fim, Arnaldo Pereira cometeu o pecado capital. O experiente jogador português cometeu uma falta desnecessária a meio-campo e proporcionou um livre de 10 metros aos bielorrusos. A selecção nacional alcançava assim a sua sexta falta.

Popov não falhou e empatou o jogo. Sem mais tempo para jogar, 5-5 foi o resultado final.

Portugal se quiser passar aos quartos-de-final deste Europeu terá de vencer a Espanha, para alcançar o primeiro lugar do grupo D, ou para passar em segundo lugar, terá de empatar ou perder por menos de 9-1.

 O Portugal - Espanha joga-se no próximo domingo às 17h30