Portugal surgiu de cara lavada neste terceiro jogo do Europeu de futsal. As exibições menos conseguidas, os períodos de desconcentração e as inúmeras oportunidades de golo falhadas fazem parte do passado e ficaram na fase de grupos do campeonato Europeu de futsal.

Hoje Portugal teve uma exibição sublime, actuou como equipa e foram muitos os jogadores portugueses que tiveram em destaque. Portugal jogou de forma inteligente e anulou por completo qualquer hipótese de reacção sérvia.

A vitória começou a ser construída a partir do pé esquerdo de Joel Queirós. O pivot da selecção nacional, aos 13 minutos, encontrou espaço à entrada da área, por entre dois defensores sérvios, e rematou forte, cruzado.

Mais golos só na segunda parte e através de Cardinal. A bola estava nas mãos do guarda-redes Bebé e Portugal faz uma substituição estratégica. Cardinal entra rapidamente, corre pela lateral esquerda, sem marcação e o guarda-redes da selecção nacional faz um lançamento longo. O pivot recebe a bola e, perante o guarda-redes sérvio, coloca o esférico debaixo de Vladimir e aponta o segundo golo da partida, o terceiro na sua conta pessoal nesta prova.

A selecção nacional ia pressionando mais à frente no terreno e os sérvios apresentavam problemas para conseguirem sair desta situação.

Pavicevic tenta um passe para um colega à entrada da sua área e a bola é interceptada por Joel Queirós. O internacional português partiu rapidamente para a baliza sérvia e com muito sangue frio fez o terceiro de Portugal.

Perante o dilatar do resultado, a Sérvia decide colocar um guarda-redes avançado em campo para inverter a tendência do jogo.

A verdade é que Prénic, que assume essa posição, acaba por prender muito a bola e a superioridade que deveria existir em termos de número de jogadores entre Portugal e Sérvia, acaba por não surtir efeito.

A 34 minutos do segundo tempo, a equipa das quinas volta a beneficiar do facto de pressionar muito próximo da área dos sérvios. Leitão recupera a bola junto da linha lateral do lado esquerdo e, perante o adiantamento de Prénic, guarda-redes avançado, pica a bola e esta entra caprichosamente na baliza dos sérvios.

Esta vantagem de quatro golos dava uma outra tranquilidade à selecção nacional. Tudo corria bem até ao momento em que Pedro Cary perdeu a bola no seu meio-campo para Borojevic. Este, de pronto, passa para Bojovic que aponta o primeiro golo da Sérvia.

A 1m44s do fim da partida, Orlando Duarte faz entrar um guarda-redes avançado, no caso Israel, para conseguir manter a posse de bola e ter superioridade numérica no ataque. A estratégia resultou de pronto com mais um golo para Portugal, provavelmente o mais bonito da partida pelo facto de a jogada ter passado pela maior parte dos jogadores portugueses e ter sido concluída com classe por Arnaldo Pereira. Recorde-se que o capitão da selecção deixou a sua marca em todos os jogos da equipa portuguesa até ao momento neste Europeu.

A Sérvia deu-se por vencida e a bola foi correndo entre os jogadores até ao apito final. A selecção nacional festejou de forma efusiva esta vitória que lhe garantiu a passagem às meias-finais do Europeu de futsal.

Agora Portugal terá pela frente o Azerbaijão, equipa que conhece bem por a ter defrontado na fase de qualificação. Na altura as duas formações empataram a três golos.

Joel Queirós, pelo seu sentido de oportunidade e os dois golos que apontou, Gonçalo Alves, pelas inúmeras bolas que recuperou e pela força e garra evidenciadas durante todo o jogo e ainda Bebé, que correspondeu da melhor forma à oportunidade que lhe foi dada, foram os jogadores em maior evidência na selecção nacional.

Nota ainda para o facto de Israel ter saído tocado desta partida. O experiente jogador português queixou-se de dores no calcanhar direito e foi submetido a um raio-x, após o jogo, que no entanto não revelou nada de preocupante.

De qualquer das formas, o jogador será reavaliado esta quarta-feira de manhã.