"Não consigo conceber a vida sem objectivos definidos. Não gosto de sonhar, os sonhos podem acabar em pesadelo. Se disserem que era um sonho chegar à final não digo que não é verdade, mas é um objectivo de vida, pela paixão que tenho pelo futsal. Esse era um objetivo bem definido", afirmou Orlando Duarte, após a vitória nos penáltis sobre o Azerbaijão, que permitiu a Portugal atingir uma final inédita do Campeonato da Europa de futsal.
 
O treinador português elogiou os seus jogadores, frisando que sentiu "sempre, desde o início, que era um grupo de carácter fortíssimo". Por outro lado, lamentou as dificuldades de preparação para esta competição. "Já disse em outras ocasiões, faltaram-nos jogos de preparação a sério, com o maior respeito que tenho pelo clube que nos defrontou e nos ajudou. Tivemos oportunidades que não se concretizaram de jogar com a Bélgica e o Brasil."
 
Sobre a final de sábado, Orlando Duarte deixou uma promessa da sua equipa: "Há que realçar que juntámos aqui várias sensibilidades e clubes por um objetivo. Sábado, se tiverem de morrer em campo, morrerão!"
 
Na análise ao jogo algo atípico com o Azerbaijão, Orlando Duarte admitiu algumas surpresas e falhas que vai corrigir até sábado. "No início, estranhei o facto do Biro Jade não ter entrado de início, mas não estava à espera que fizessem o 5 para 4 tão cedo. Na 2.ª parte, sentimos alguma injustiça pelo resultado ao intervalo, pelos inúmeros golos que falhámos. Por muito que se tente, é difícil controlar as emoções. Fomos culpados, por querermos muito. Vamos ter de conversar, não podemos deixar que a emoção tolde a razão." 
 
Confrontado com o peso da ausência de Ricardinho no Europeu, o seleccionador recusou-se a fazer comentários: "Só falo sobre os 14 jogadores que aqui estão."