Hoje estava em causa a liderança do campeonato de futsal no encontro disputado entre Benfica e Belenenses. Os dois técnicos estavam bem conscientes da importância que esta partida teria para o que resta do campeonato nacional de futsal e assumiram-na durante esta semana.

O Benfica sabia que tinha de vencer para assim passar para a frente do campeonato e bem cedo deu a entender isso na partida. Após cinco minutos mais calmos em que as duas equipas se estudaram mutuamente, os encarnados passaram a a assumir as despesas do encontro e a chegar com algum perigo à baliza defendida por Marcão.

O Belenenses procurava explorar as transições rápidas ao passo que o Benfica se ia aproximando da baliza de Marcão através de ataque organizado e contínuo.No meio da estratégia encarnada destacava-se Ricardinho que ia pautando o jogo da sua equipa e dava mostras dos seus dotes técnicos em pequenos pormenores.

O número dez encarnado abriu o livro aos 7 minutos da primeira parte fazendo o primeiro tento da partida, após uma boa jogada do pivot César Paulo no meio da área. Uns minutos depois, Ricardinho volta a estar em destaque ao isolar Gonçalo Alves com um passe de letra, mas o ala do Benfica acabou por desperdiçar frente a Marcão, atirando por cima.

Nesta altura da partida e após o primeiro golo, o Benfica estava por cima do jogo e foi com alguma naturalidade que chegou ao segundo golo. Aos 14 minutos, Davi faz um lançamento na ala esquerda e Ricardinho remata de longe, contando com a contribuição do guardião Marcão, para fazer o segundo golo da partida. O guarda-redes do Belenenses fica negativamente ligado a este lance.

Alípio Matos descontente com a desvantagem pede um desconto de tempo.Durante esse período pede para os seus jogadores reagirem, para mostrarem dentro de campo aquilo que sabem e podem jogar.

Os seus jogadores parecem ter percebido a mensagem, particularmente um, Paulinho. O internacional português conseguiu em dois minutos empatar a partida com dois bons golos. O último fica marcado pela forma como o jogador consegue ludibriar o seu marcador directo, Pedro Costa, e arranjar espaço para rematar forte e colocado, sem hipóteses de defesa para Bebé.

Ao cair do pano na primeira parte, a equipa do Restelo passa pela primeira vez para a frente do marcador através de um golo de Pedro Cary. O lance teve origem num passe errado feito pelo guarda-redes do Benfica que se havia aventurado a sair da sua área com a bola controlada.

A euforia inicial dos adeptos benfiquistas contrastava agora com o silêncio nas bancadas.

André Lima apostou então, no segundo tempo, numa equipa mais ofensiva, mas nos primeiros minutos pertenceram ao Belenenses as melhores chances de golo. Contudo aos 7' e um pouco contra a corrente de jogo chegou o golo encarnado que colocou o placard numa igualdade a três golos.

Se Bebé não tinha ficado isento de culpas no lance que originou o terceiro golo do Belenenses, Marcão não lhe quis ficar atrás e também cometeu uma asneira. O guarda-redes do Belenenses joga bem com os pés e a formação do Restelo faz-se valer disso no 5 para 4. A verdade é que um passe errado de Marcão deu origem a um remate de longe de César Paulo, que Bibi ainda conseguiu travar. No entanto, o jogador do Belenenses, depois deste corte providencial, perdeu a bola para Arnaldo que acabou por fazer o terceiro golo encarnado.

A restante segunda parte fica marcada por mais dois golos, um para cada lado. Paulinho assinou um hat-trick e colocou o Belenenses novamente em vantagem, mas Joel Queirós, a cinco minutos do fim, voltou a restabelecer a igualdade e fixou o resultado final em 4-4.

O resultado acaba por ser justo perante o que as duas equipas produziram. A verdade é que o empate serve mais ao Belenenses que se mantém no primeiro posto com 49 pontos, contra os 46 do Benfica.