Assistiu-se a um jogo de loucos na Luz que só conseguiu mesmo ser resolvido nas grandes penalidades.

A primeira parte ficou marcada por duas fases. Nos primeiros 10 minutos assistiu-se a um Sporting sempre na iminência de se colocar em vantagem. Foram inúmeras as oportunidades de golo dos leões, mas valeu sempre o guarda-redes do Benfica, Bebé.

O guardião fez defesas preciosas e de grau de dificuldade elevado. No entanto, após o tempo de desconto pedido por André Lima e a entrada de Gonçalo Alves, regressado de longa paragem, a toada de jogo mudou.

Nos restantes dez minutos, o Benfica equilibrou as operações e apresentou uma outra consistência nos momentos defensivos. Ricardinho foi quem mais vezes esteve perto de colocar os encarnados em vantagem. Fica na retina um calcanhar do número 10 encarnado e um livre de 10 metros, ambos defendidos por Cristiano.

A segunda parte começou praticamente com o golo do Benfica. Aos três minutos, após a marcação de um canto por Ricardinho, Joel Queirós surgiu no meio da área e apontou o primeiro golo do jogo e para o Benfica.

O Sporting sentiu o golo e de que maneira, praticamente um minuto depois, os encarnados aumentaram a contagem. Numa primeira instância, Davi rematou e Cristiano correspondeu uma boa defesa, a bola sobrou para César Paulo que atirou colocado e fez o segundo golo do jogo.

O Sporting aos poucos recompôs-se e, para isso, contribuiu muito o pontapé forte e colocado de Caio Japa, aos sete minutos, reduzindo o resultado para 2-1.

A partir desse momento assistiu-se a um jogo partido com oportunidades de parte a parte. A táctica e o jogo pensado foram deixados algo de lado, dando lugar a um jogo mais rápido, mais emotivo, mas nem por isso mais bem jogado.

Aos 10 minutos, Ricardinho ultrapassa Deo e toca para o meio onde surge Pedro Costa a atirar para o fundo das redes. Estava feito o 3-1 para o Benfica.

O Sporting esteve perto de voltar a reduzir, mas, após uma boa jogada individual de Cardinal, Deo, com a baliza escancarada, atirou por cima. O treinador da equipa de futsal do Sporting ao ver o jogo aproximar-se dos minutos decisivos, faz entrar Evandro para que este jogue como quinto jogador de campo. A estratégia teve frutos poucos momentos depois com Cardinal a surgir ao segundo poste, após boa circulação de bola, e a apontar o segundo golo dos leões.

Voltou a assistir-se a um período de oportunidades de parte a parte. Mas a 2 minutos do fim, o Sporting marcou o golo do empate. Cardinal junto à baliza cabeceia para o poste contrário onde surge Divanei, à meia volta a marcar o terceiro golo do Sporting. Com este empate, o jogo seguiu para prolongamento.

Nessa altura, uma perda de bola de Deo ditou o quarto golo do Benfica. O ala do Sporting perdeu a bola numa transição ofensiva e, no contra golpe, Pedro Costa combinou com Arnaldo e concluiu da melhor forma.

Novo “cinco para quatro” do Sporting e num livre de 10 metros, o conjunto de Paulo Fernandes volta a empatar a partida. Pedro Costa comete a sexta falta do Benfica e na transformação da mesma, Cardinal marca o quarto golo do Sporting.

Golos “cantados” surgiram para os dois lados, mas tudo teve de ser decidido nos penáltis. Aí Arnaldo falhou o penálti decisivo e João Matos selou o triunfo dos leões.

O Sporting está em vantagem na eliminatória por 2-1. Amanhã há novo jogo no pavilhão da Luz, às 17horas, podendo o Sporting sagrar-se campeão nacional.