Gonçalo Alves estreou-se na selecção num jogo contra a Espanha e é o melhor marcador luso nos duelos com “nuestros hermanos”. Infelizmente os golos do jogador de futsal português não foram significado de festejos e vitórias.

Em entrevista ao SAPO Desporto, Gonçalo Alves recorda os muitos duelos em que já encarou os espanhóis e promete muita luta pela vitória nos dois encontros particulares que as duas selecções irão disputar esta terça e quarta-feira.

SAPO Desporto: A sua estreia na selecção nacional de futsal ocorreu num jogo particular com a Espanha em Outubro de 2001.Que memórias tem desse encontro?

Gonçalo Alves: Tenho algumas. Na minha primeira internacionalização fui titular, o que me deixou surpreso e também nervoso porque era miúdo. O pavilhão estava “cheinho”, uma realidade completamente diferente da nossa. O futsal em Espanha estava muito evoluído naquela altura, se calhar o patamar em que nós estamos agora. Apareci ali do nada e jogar contra jogadores que estava habituado a admirar pela televisão, foi muito bom.

SD: Como foi recebido pelos jogadores da selecção naquela altura?

GA: Enfrentávamos um período de renovação na selecção e foram chamados muitos atletas da selecção sub-23, portanto a integração foi muito fácil. Lembro-me que nessa altura a selecção levava muitas goleadas da Espanha. Já nesses dois jogos particulares isso não aconteceu (Portugal perdeu os dois jogos por 3-2).

SD: O Gonçalo com três golos é o melhor marcador de Portugal nos jogos com a Espanha, a par do Joel Queirós. Que importância tiveram esses golos para si?

GA: Esses golos aconteceram em jogos oficiais e em Europeus. Se marcar num campeonato europeu já é bom, então contra a Espanha melhor ainda. Os três golos foram marcados ao Luís Amado. O primeiro aconteceu em Itália, já o segundo foi em Portugal (jogo das meias-finais) num golo de belo efeito mas que acabou por não garantir a vitória, uma vez que perdemos nos penalties. O terceiro foi na final do Europeu na Hungria em 2010 e foi também um belo golo, mas infelizmente nenhum deles chegou para vencer a Espanha...

SD: Sendo o melhor marcador a para do Joel Queirós nestes jogos. Vai haver um despique entre os dois?

GA: Claro, eu agora vou já dizer ao Joel que estou preparado para marcar (risos). Quem me conhece bem sabe que não ligo muito aos golos. Eu dou tanto valor a um corte que evita uma situação desfavorável como um golo que marque. Agora, é normal que as pessoas liguem mais golos e a quem os marca quando olham para uma ficha de jogo, mas eu não penso assim.

Confira aqui a segunda parte da entrevista.