Foi um Portugal de duas caras que surgiu neste jogo. Na primeira parte esteve irreconhecível e na segunda parte esteve irresistível conseguindo recuperar de uma desvantagem de três golos.

O jogo desta quarta-feira decorreu em contraste com o primeiro encontro entre as duas seleções realizado no dia de ontem.

Se o primeiro jogo tinha ficado pela tática e pelo pouco risco que as duas formações quiseram correr, hoje assistiu-se a um encontro muito mais aberto, mais rápido e com oportunidades a surgirem a uma velocidade estonteante de parte a parte.

Primeira parte

No que diz respeito à primeira parte, os russos surgiram muito mais objetivos, a circularem a bola com velocidade e a criarem várias oportunidades por entre os espaços deixados em aberto pela seleção nacional.

Foi sem surpresa que nos primeiros vinte minutos, a Rússia fosse dando forma ao resultado, perante a desorientação em alguns momentos do cinco inicial português.

Pula abriu o ativo aos 5 minutos, depois de ultrapassar um adversário e a rematar por entre as pernas de João Benedito. Depois surgiu Sergey que com dois remates de meia-distância (15’ e 16’) colocou o resultado em 3-0.

Pelo meio, a seleção nacional havia tido uma reação, com remates com perigo de Gonçalo, Ricardo Fernandes e Leitão, mas sem resultados práticos.

Segunda parte

Nos últimos vinte minutos, a seleção nacional surgiu diferente. Era visível que as jogadas eram mais trabalhadas, existia mais velocidade nas alas e as oportunidades surgiam a cada minuto, o que acabou por fazer os russos correr muito tempo atrás do esférico.

A verdade é que a confortável vantagem da seleção orientada por Skorovich permitia dar a iniciativa de jogo à equipa das quinas.

O golo de Portugal acabou por surgir aos 23’. Arnaldo cobrou um canto e Ricardo Fernandes surgiu a rematar fora da área batendo Gustavo e reduzindo para 3-1.

A dois minutos do final do encontro, o selecionador Jorge Braz pediu um desconto de tempo e fez subir André Sousa para a estratégia do cinco para quatro.

Bem dita a hora em que o fez pois na jogada seguinte, a formação lusa chegou ao golo. Leitão, na ala esquerda fez um passe para o lado oposto e surgiu Marinho, de primeira, a fazer o 3-2.

A 16 segundos do fim, Portugal conseguiu mesmo empatar o encontro. João Matos concluiu da melhor forma uma transição rápida, para desespero dos russos.

Saldo positivo para Portugal que conseguiu uma vitória e um empate nestes dois jogos particulares diante a Rússia.

A seleção volta a juntar-se para mais dois particulares nos dias 18 e 19 de Outubro com a Itália.