A capitã da seleção portuguesa feminina de futsal, Rita Martins, encara o torneio Mundial da modalidade, que Portugal organiza pela primeira vez, como um ensaio para um campeonato oficial, sob a égide da FIFA.

«Que seja uma grande organização, que mostremos à FIFA que vale a pena apostar no futsal e no futsal feminino em particular», começou por dizer a jogadora, para muitos a melhor do futsal português, à agência Lusa.

A poucos dias do início do III Torneio Mundial, de 03 a 09 de dezembro, em Oliveira de Azeméis, Rita Martins considera que a modalidade vive tempos de evolução entre as mulheres e que a FIFA está em fase de “teste” para um campeonato oficial.

Depois das edições no Brasil e em Espanha, as duas outras grandes seleções, é a vez de Portugal. Na opinião de Rita Martins, faz todo o sentido que assim seja: «ver a organização dos países mais fortes».

Depois de oito equipas nos torneios de 2010 e 2011, o leque de participantes em Oliveira de Azeméis subirá para as dez seleções, divididas em dois grupos de cinco e nos quais os dois primeiros classificados apuram-se para as meias-finais da prova.

«Ainda não temos a Itália, que é muito forte, já temos a Ucrânia, não temos a Colômbia, que é forte e penso que por razões económicas, mas creio que quando passarmos para 12 chegamos ao Mundial», considerou Rita Martins.

A jogadora, licenciada em Educação Física e com mestrado em Marketing Desportivo, tem três claros candidatos ao título, Portugal, Espanha e Brasil, mesmo com uma possível vantagem das “canarinhas”, por serem bicampeãs.

«Temos que ir lá para dentro pensar em ganhar, que somos tão boas como elas e melhores nos pormenores. Não desconcentrar nos 40 minutos e levar de vencida, mas são estas três as grandes seleções do Mundial», justificou a jogadora.

Para o selecionador Jorge Braz, a lição está estudada: passar a fase de grupos e chegar ao pódio.

«O primeiro objetivo é passar o grupo e marcar presença nas meias-finais. Depois, é preparar muito bem as meias-finais e aí é uma etapa distinta», disse o técnico, apontando à ideia de «atingir o pódio».

Jorge Braz recusa qualquer pressão por Portugal jogar em casa e ter a exigência do público, dizendo que, acima de tudo, será «um prazer» e uma «satisfação por estar em casa».

«Estar num evento destes é o que todos querem e elas querem muito. É com esse espírito que temos que encarar um Mundial, responsabilidade já se tem muita por se estar na seleção», referiu Jorge Braz.

Brasil e Espanha são os grandes adversários na opinião do técnico, mas depois também surgem a Rússia, com muita qualidade, ou a estreante Ucrânia.

Ambição por um primeiro título, mesmo sem ser ainda sob a égide da FIFA, tem também a internacional Sofia Vieira, jogadora que esteve no futebol 11, ao serviço do Atlético Madrid, mas cuja paixão sempre foi o futsal.

Em declarações à agência Lusa, Sofia Vieira, desde há cinco épocas a jogar futsal nas espanholas da Universidade de Alicante, entende que Portugal deve ter a ambição de chegar o mais longe possível.

«Quero ganhar, mas sabemos que temos que ir passo a passo, jogo a jogo, trabalhar para fazer cada dia melhor, mas devagar, com cabeça e os pés bem assentes na terra», frisou a jogadora.

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