Todos nós temos ídolos e referências aos quais nos agarramos e procuramos refletir aquilo que somos e queremos ser. Pedro Cary teve a sorte que apenas alguns têm: conviver de perto e jogar ao lado daquele que considera o seu ídolo na seleção portuguesa de futsal, o jogador Pedro Costa.

“É um ídolo que irá perdurar para sempre”, são estas as primeiras palavras que solta em entrevista ao SAPO Desporto, um dia após o anúncio do fim da carreira do jogador do Nagoya.

Depois vem a explicação de como nasceu e cresceu esta admiração: “Ao longo dos anos vamos ganhando referências e o Pedro sempre foi uma referência para mim e continuará a ser. Pela sua forma de estar dentro de campo, postura, maneira de estar, a forma educada como sempre o fez. É um jogador de encher o campo, que ajuda o próximo”.

E é nestas características que se revê e transporta para dentro de campo, como acrescenta: “Foi isso que eu vi no Pedro e que fez dele a pessoa que mais me acompanhou mentalmente como jogador”.

Os números das camisolas têm um significado especial para os jogadores, fazem parte da sua personalidade, das suas superstições e até parecem ter peso na hora de jogar. Pedro Costa sempre foi o número 4 enquanto esteve na seleção de futsal. E quando deixou de lá estar a camisola foi parar naturalmente às costas de Cary, que promete honrar a herança.

“Os números têm algum significado para nós e acompanham-nos no trajeto de atleta. É um número que herdei e vou dar o meu contributo como tenho tentado fazer sempre, mas sabendo de antemão que pertenceu a um jogador de grande nível”, concluiu.

E esta entrevista acaba como começou: com admiração.

“Quero desejar toda a sorte do mundo ao Pedro, ao meu ídolo e à minha referência que vai perdurar não só na minha vida de atleta mas também como homem”,

Pedro Costa irá disputar ainda em março a Taça do Japão, altura a partir da qual deixará a quadra para passar ocupar o banco de suplentes como treinador do Nagoya Oceans.