Portugal deu, este domingo, uma prova do seu valor e daquilo que pode ainda vir a alcançar neste Campeonato do Mundo. A vitória sobre o Paraguai foi clara (4-1) e para ela contribuíram Cardinal (12'), João Matos (20') e Ricardinho (39' e 40').

Primeira parte 

A seleção portuguesa precisava deste domingo dar uma prova definitiva do seu valor para assim calar a desconfiança das vozes que se levantaram após os jogos da fase de grupos. Melhor resposta do que a que foi dada hoje não parece existir.

Ricardinho e companhia assumiram desde cedo o jogo como era esperado perante um adversário que se apresentou mais recuado. O domínio era incontestável, mas também consentido. Faltava a Portugal apenas ser mais mortífero, decidir melhor no último momento.

Mas quando não sai bem tenta-se outra e outra vez. Veio então ao de cima a paciência lusa à espera do momento chave do jogo. Aos 12 minutos, Arnaldo inventou um lance na ala esquerda e conseguiu um passe para o segundo poste onde apareceu Cardinal a finalizar, como tem sido hábito neste Mundial.

Estava feito o mais difícil: abrir o placard. O Paraguai teve uma ténue reação mas nunca incomodou na etapa inicial de sobremaneira o guarda-redes André Sousa, escolha do selecionador Jorge Braz para o lugar do castigado Benedito.

O segundo golo acabou por chegar num momento chave da partida, quando Portugal já fazia por merece-lo. A escassos segundos do apito para o intervalo, João Matos rematou forte, com intenção e contou com a felicidade de um desvio adversário que levou a bola para o fundo das redes.

Segunda parte

Os protagonistas eram os mesmos e o argumento do filme desta segunda parte seguiu as linhas dos primeiros vinte minutos. O cinco luso mostrava mais talento e maturidade do que os paraguaios que encontravam muitas dificuldades para chegar à baliza defendida por André Sousa.

O tempo foi andando e correndo de feição para os portugueses. Só a entrada do guarda-redes avançado podia alterar o decurso inclinado do encontro, e o selecionador Ferretti sabia disso. Entrou então a estratégia do cinco para quatro em ação (31’) e com ela veio o golo de Salas a reduzir para o Paraguai (2-1).

Não há que esconder que a seleção lusa tremeu, durante poucos instantes, mas tremeu, fazendo lembrar o que se havia passado diante do Japão na fase de grupos. Mas depressa acabaram os tremores e os responsáveis foram primeiro o guardião André Sousa e depois Ricardinho

Coube ao número 10 voltar a colocar as devidas diferenças no jogo e no placard. Dois golos do mágico, que estava em noite de diabruras, fecharam o resultado em 4-1 e deitaram o adversário completamente por terra.

Portugal fica agora nos quartos-de-final à espera do seu adversário, que sairá do encontro Itália – Egipto.

Ficha de jogo 

Paraguai: Carlos Espinola; Fabio Alcaraz - Cap., Jose Luis Santander, Adolfo Salas e Juan Salas.

Suplentes: Luis Molinas, Gabriel Gimenez, Emmanuel Ayala, Gabriel Ayala, Oscar Velazquez, Nelson Lezcano, Walter Villalba, Marcos Benitez e Rene Villalba.

Treinador: Fernando Leite.

Golos: Juan Salas (35').

Disciplina: Cartão amarelo para Gabriel Ayala (29').

Portugal: André Sousa; Arnaldo - Cap., Cardinal, Gonçalo e Ricardinho.

Suplentes: Bebé, Paulinho, Pedro Cary, Nandinho, Djô, João Matos e Marinho.

Treinador: Jorge Braz.

Golos: Cardinal (12'), João Matos (19') e Ricardinho (39' e 40').

Disciplina: Nada a assinalar.