"Portugal assume-se como um país líder ao nível do clima”, vincou, em declarações à agência Lusa, característica que poderá ser decisiva no momento em que os organizadores da maior competição por equipas de golfe tiverem de escolher o palco da competição.

“Na época em que estamos a falar, fins de Setembro, início de Outubro, temos um histórico a nível da meteorologia acima dos outros concorrentes”, recordou Miguel Sousa.

Além de Portugal, estão na “corrida” Espanha, França, Alemanha, Holanda e Suécia, cujos representantes participaram hoje num simpósio em Londres organizado pela Ryder Cup Europa onde foram esclarecidos os critérios do processo de candidatura.

O objectivo era esclarecer dúvidas, mas as comitivas foram cuidadosas no que revelaram aos outros concorrentes.

“É natural que estejamos todos com o jogo um bocadinho mais fechado para não deixar transparecer o nosso caminho à concorrência”, justificou o português.

Consciente das “muitas vantagens” de Portugal, Miguel Sousa enumerou o facto o país de ser um destino de golfe conhecido e ter demonstrando boa capacidade de organização em vários eventos desportivos no passado, “contrapartidas que podem ser interessantes para a Ryder Cup”.

Pelo contrário, admitiu, os outros cinco países têm maior tradição e número de praticantes de golfe. “Temos aqui uma óptima oportunidade para a Ryder Cup servir de vector de promoção para o desenvolvimento de uma modalidade como o golfe”, sublinhou.

A realização do evento em Portugal pode ajudar a “desmistificar o estigma e desenvolver [o golfe] como modalidade desportiva e não só, como tem sido até agora, como um produto turístico”.

A escolha do campo ainda não foi feita. Contudo, Miguel Sousa reconhece que a região do Algarve é favorita por ser mais conhecida e pelas condições logísticas, tais como acessibilidade, hotelaria e restauração.

Todavia, não descarta a escolha de um campo noutra região, caso não venha a ser encontrado um parceiro no Sul do país.

Por enquanto, a candidatura tem apenas os patrocínios do Governo, através do Turismo de Portugal e do Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento, mas Miguel Sousa espera angariar mais apoios de privados.

Esta será a segunda vez que a Ryder Cup Europa é organizada fora das Ilhas Britânicas, depois da edição de 1997 que foi disputada em Espanha.

O simpósio de hoje pretendeu, explicou à Lusa o director da competição, Richard Hills, “colocar o terreno ao mesmo nível para todos e não deixar espaço para ambiguidades”.

Os seis candidatos terão de apresentar os dossiers de candidatura à 42ª edição da Ryder Cup até 30 de Abril de 2010. Em 2011, quando for anunciada a decisão final, haverá “um vencedor e cinco segundos lugares”.

Todavia, a candidatura portuguesa, revelou Hills à Lusa, apresentou uma “arma secreta”, a promessa de servir bom vinho ao almoço. “Seremos provavelmente acusados de parcialidade por causa disso”, gracejou.

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