O presidente da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), Manuel Agrellos, considerou esta segunda-feira «crucial» que o Governo baixe o IVA aplicado aos campos de golfe, mas não acredita num perdão fiscal em relação às dívidas de 2011.

«A Federação já escreveu, já falou, já disse. O problema é político e é crucial que o IVA baixe dos atuais 23 por cento para que haja outro desenvolvimento. As coisas vão andando e vamos ver se nos aguentamos», afirmou Manuel Agrellos, durante a inauguração do Estúdio de Swing do Centro de Formação de golfe do Estádio Nacional.

Após o alerta do vice-presidente da Associação de Turismo do Algarve, Christopher Stilwell, sobre a incapacidade dos campos de golfe em saldarem os valores em falta do IVA de 2011, Manuel Agrellos também se mostrou preocupado com a situação.

«Não vejo como é que os campos vão pagar essas dívidas, mas manda quem pode e obedece quem deve», considerou Agrellos, acrescentando: «Não acredito que haja esse perdão fiscal neste momento».

A questão do IVA de 2011 resulta da interpretação errada das taxas a aplicar, uma vez que os campos decidiram na altura aplicar a tributação a seis por cento e não os 21 que já estava em vigor.

O presidente da FPG disse ainda ser necessário «reequacionar» as políticas e «adaptarmo-nos à situação» de crise que se vive no país, com novas diretivas mais voltadas para o mercado português.

Manuel Agrellos mostrou-se «felicíssimo» com os recentes resultados alcançado pelo golfe nacional, entre os quais a vitória de Ricardo Santos no Open na Madeira e os bons resultados nacionais no Portugal Masters do último fim de semana, em Vilamoura.

«A alta competição não se compadece de jeitosos. É preciso trabalho, dedicação e estamos a ter e vamos ter o fruto do trabalho que tem sido feito por todos: pela federação, pelos clubes, pelos profissionais, por toda a gente. Toda a gente está a começar a perceber que todos os sucessos são os sucessos de todos», comentou.

O presidente da FPG prognosticou mesmo que, «nos próximos três anos», Portugal terá «três ou quatro jogadores de nomeada no European Tour» e revelou alguns contornos do programa olímpico para o Rio de Janeiro2016.

«Até ao fim do ano vamos ter uma programação especial só para ver se conseguimos ter pelo menos um português nos Jogos Olímpicos em que o golfe será reintegrado e em que se falará português», disse.

O processo será aberto e, apesar de não estar ainda totalmente definido, terá em conta a classificação dos 50 primeiros do “ranking” mundial, com a entrada de apenas um jogador por país.