O único português a disputar o principal circuito europeu de golfe, Ricardo Melo Gouveia, considerou hoje que terminar o Portugal Masters entre os 10 primeiros seria um bom resultado.

“Não quero colocar as expetativas muito altas, um ‘top-10’ no final da semana seria um bom resultado”, afirmou Melo Gouveia numa antevisão ao torneio, que se disputa a partir de quinta-feira no campo Oceânico Victoria, em Vilamoura, concelho de Loulé.

Melo Gouveia, que ocupa a 95.ª posição na Corrida para o Dubai – o ‘ranking’ do Circuito Europeu - admitiu que um ‘top-10’ no torneio português “seria também um bom resultado” para conseguir entrar no Open da Turquia, que se disputa no início de novembro.

“Quero tentar fazer uma boa semana aqui para ter hipótese de entrar na Turquia e depois, se entrar na Turquia, vou tentar entrar na África do Sul, e assim sucessivamente atá ao Dubai”, afirmou o golfista, que este ano, juntamente com Filipe Lima, representou Portugal nos Jogos Olímpicos Rio2016.

Ricardo Melo Gouveia admitiu que nas últimas semanas não tem estado ao melhor nível, mas considerou que os treinos da última semana “têm corrido bem”. “Vou sem muitas expetativas, vou dar o meu melhor cada dia”, acrescentou.

Melo Gouveia lamentou as ausências de Ricardo Santos e Filipe Lima, ambos a disputarem o ‘Challenge Tour’ – a segunda divisão do golfe europeu -, mas reconheceu que a não participação na prova algarvia é o melhor para ambos.

“É estranho [não estarem], mas eles estão a competir no ‘challenge’ para tentarem estar aqui como membros efetivos no próximo ano. Não fazia sentido estarem aqui estando a lutar para conseguirem o cartão para o European Tour”, referiu.

Além de Ricardo Melo Gouveia, que tem entrada direta por se encontrar a disputar o circuito europeu, vão marcar presença no campo do Oceânico Victoria mais sete golfistas portugueses: os profissionais Hugo Santos, Tiago Cruz, João Ramos e João Carlota, e os amadores Tomás Silva e Pedro Lancastre.

A prova, que distribui prémios de dois milhões de euros, contará com a presença de nomes sonantes da modalidade, entre os quais o belga Thomas Pieters, que recentemente se tornou o melhor estreante da Ryder Cup, e já admitiu o desejo de vencer o torneio.

Além de Pieters, que no ano passado terminou o Portugal Masters na sexta posição, o torneio contará também com o inglês Andy Sullivan, campeão de 2015, que este ano também integrou a seleção europeia derrotada na 41.ª edição da Ryder Cup.

No Oceânico Victoria marcarão também presença o francês Alexander Levy, vencedor da prova em 2014, e o espanhol José Maria Olazábal, de 50 anos, que recentemente regressou à competição depois de 18 meses afastado devido a lesão.