O Presidente angolano inaugurou hoje na Camama, sul de Luanda, o Pavilhão Multiusos de Luanda, que acolherá sexta-feira a cerimónia de abertura e o primeiro jogo do 41.º Mundial de Hóquei em Patins, organizado por Angola.
Construído por uma empresa angolana e com projeto de arquitetura português, o pavilhão foi erguido no tempo recorde de nove meses e meio e custou 90 milhões de dólares.
Joaquim Fitas, administrador da construtora, a angolana Omatapalo, disse que a empresa foi criada há 10 anos no Lubango, centro-sul de Angola.
«A Omatapalo congrega a cultura angolana e a focalização exclusiva no mercado angolano, com o estabelecimento de parcerias ao nível da partilha de competências com empresas portuguesas», salientou, em declarações à agência Lusa.
Joaquim Fitas destacou ainda o cumprimento dos prazos de construção e o orçamento: «não há um desvio de um dólar».
Embora projetado originalmente para receber o Mundial de hóquei em patins, o primeiro a disputar-se no continente africano e que decorrerá nas cidades de Luanda e do Namibe, sul de Angola, entre 20 e 28 deste mês, o pavilhão tem condições para receber outras modalidades, devido às duas bancadas retráteis.
Com uma lotação de 12.720 espetadores, na configuração de hóquei em patins, a área de 1.630 metros quadrados pode ser maximizada, perdendo 2.838 lugares, mas passando a ter uma área total de 3.490 metros quadrados.
No interior, além das zonas de restauração e de 21 camarotes, existem ainda vários espaços de trabalho para a imprensa, incluindo salas de redação e zonas para conferências de imprensa.
Miguel Berger, responsável do projeto de arquitetura, disse à Lusa que o maior desafio foram os noves meses e meio disponíveis para a construção.
Joaquim Fitas destacou ainda que o pavilhão é maior que o Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações, em Lisboa.
«É maior sobre todos os números que se considerem: área de implantação, altura, número de espetadores, vão livre (distância da estrutura metálica, sem apoios, entre pilares), que é de 96 metros, e com área de jogo que permite a realização simultânea de três jogos de basquetebol, com dimensões de campos da NBA», frisou.
Uma das originalidades do pavilhão é a mudança noturna da cor da cobertura exterior, formada por 156 velas metálicas e que são alimentadas por mais de 1.500 metros de lâmpadas LED.
Na sexta-feira, o Pavilhão de Luanda acolherá a cerimónia de abertura do Mundial.
O primeiro jogo do torneio será o Angola - África do Sul, a contar para o Grupo C, em que se incluem Portugal e Chile, que jogam domingo.
Na competição participam 16 seleções distribuídas por quatro grupos.
No grupo A encontram-se as seleções de Áustria, Espanha, Brasil e Suíça, no B estão Argentina, Uruguai, Alemanha e França, o C é composto por Angola, África do Sul, Chile e Portugal e o D por Colômbia, Estados Unidos, Itália e Moçambique.