Portugal inicia no domingo o Mundial de hóquei em patins frente à Alemanha, em La Roche-sur-Yon, França, com a missão de reconquistar um título que escapa desde 2003 e que se encontra, desde então, na posse de Espanha.

Portugal apresenta-se em França com uma seleção ambiciosa, com um misto de jogadores jovens e mais experientes, com o objetivo de contrariar a hegemonia da Espanha, cinco vezes consecutivas campeã mundial.

O selecionador português Luís Sénica leva ao Mundial de La Roche-sur-Yon uma equipa ‘construída’ com a ‘espinha dorsal’ que conquistou o Torneio Montreaux2015, reforçada com as presenças de Valter Neves (capitão), Jorge Silva e Diogo Rafael.

“Não vamos ter jogos fáceis. O nosso primeiro objetivo é passar a fase de grupos e depois vamos abordar as eliminatórias jogo a jogo”, considerou Diogo Rafael, considerando que Portugal sabe o que tem que fazer no Mundial.

O hoquista traçou um balanço “bastante positivo” do estágio, que terminou terça-feira com uma vitória por 11-1 frente à também seleção mundialista da Colômbia, no Luso, considerando que a equipa trabalhou de forma “muito produtiva”.

“Queremos, naturalmente, chegar o mais longe possível na competição e para tal temos de estar presentes no jogo da final. O grupo é jovem, mas a idade só conta no Cartão do Cidadão. Jogamos na 1.ª Divisão e em grandes clubes. Estamos, por isso, habituados a grandes jogos e a grandes competições”, disse.

Ângelo Girão, o guarda-redes herói do Sporting na conquista da Taça CERS desta época, José ‘Rafa’ Costa, Telmo Pinto, Gonçalo Alves, Hélder Nunes, João Rodrigues e Pedro Henriques são os jogadores que repetem no Mundial2015 a presença no último Torneio de Montreaux.

Arredado dos dois primeiros lugares do pódio desde que conquistou o último título em 2003, em Oliveira de Azeméis, Portugal soma quatro ‘bronzes’ nas últimas edições, três dos quais consecutivos, em 2013, 2011, 2009 e 2005.

Apesar de a Espanha ser o país com mais títulos mundiais, com 16, Portugal, que tem apenas menos um, é o que soma mais pódios, com um total de 38, contra 35 dos espanhóis.

As últimas três edições da prova terminaram com o mesmo pódio, ou seja, com a campeã Espanha, no lugar mais alto, ladeada por Argentina (vice-campeã) e Portugal (terceiro classificado).

Com a Espanha (grupo A), Argentina (B), Portugal (C) e a campeã europeia Itália (D) com a ‘passadeira’ estendida até aos quartos de final, as restantes quatro vagas para os ‘quartos’ deverão ser disputadas por Angola, a anfitrião França, Moçambique, Suíça e Chile.

A Itália, que falha o pódio mundial desde a edição de 2003, quando se sagrou vice-campeã, é uma das seleções a ter em conta para a presente edição da prova, dado ter colocado termo à hegemonia da Espanha no Campeonato da Europa de 2014.

Depois de sete títulos consecutivos da Espanha, em 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012 – de um total de 16 – a Itália chamou a si a conquista do Europeu2014, em Alcobendas, ao beneficiar de um empate entre Portugal e a anfitriã seleção espanhola.

A seleção portuguesa está integrada no grupo C da fase regular e, além da Alemanha, que defronta na sua estreia na prova, irá ainda ter como adversários a Áustria (segunda-feira) e Brasil (terça-feira).

Os restantes grupos, que apuram os dois primeiros para os quartos de final, integram as seleções de Espanha, França, Angola e Holanda (A), Argentina, Moçambique, Suíça e Inglaterra (B) e Chile, Itália, África do Sul e Colômbia (D).

Nos jogos dos quartos de final, a decorrer a 25 de junho, os dois primeiros classificados do grupo de Portugal (C) vão defrontar, cruzado, os dois primeiros do grupo D, enquanto os grupos A e B cruzam entre si.