Com a emoção bem patente e falta de sorte a mistura, a seleção de Angola foi derrotada por 3-1, pela sua similar do Chile, em desafio da segunda jornada do 41.º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, que o país acolhe até ao dia 28 do corrente, nas províncias de Luanda e Namibe.

O desafio, presenciado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, tinha tudo para que o cinco angolano conquistasse uma vitória e garantisse o apuramento.

A iniciativa pertenceu aos donos da casa, que muito cedo mostraram que o objetivo era marcar ao adversário, que na véspera havia feito um resultado equilibrado com a seleção de Portugal, com derrota por 5-3.

Notou-se uma tensão nas duas equipas, a rematarem a baliza sempre que possível, mas sem o sucesso pretendido.

Aos cinco minutos, Nicolas Fernandez teve um choque com o guarda- redes Tiago Sousa, o que obrigou a primeira paragem forcada no desafio.

No minuto seguinte, os angolanos chegaram ao golo madrugador, rubricado pelo capitão Johe, numa combinação perfeita com João Pinto, jogada rápida que envolveu três jogadores.

O Chile, já com três faltas registadas, procurava chegar ao golo da igualdade ao apostar no jogo de contra ataque rápido, em defesa reduzida.

Aos treze minutos, após remate de Johe, a bola entrou na baliza, mas dada a rapidez da jogada os árbitros não validaram o golo.

Apenas aos dez minutos houve a primeira alteração na equipa angolana, com as saídas de Kirro e Johe, que deram os seus lugares a Big e Martin Payero, dado o cansaço apresentado pelos primeiros. Angola acabou por sair ao intervalo com a magra vantagem.

Na segunda parte, logo na primeira jogada, a bola quase entrou na baliza de Angola, jogada em qua Tiago Sousa já estava batido.

Aos seis minutos houve silêncio no pavilhão, fruto de uma falta de atenção da defesa de Angola. O Chile chegou a igualdade por Felipe Castro.

A equipa angolana mostrou que estava com pouca confiança e errava sucessivamente.

Sem que mais golos surgissem por cada uma das equipas, o tempo regulamentar esgotou- se e cumpriu-se o que o regulamento prevê, que são cinco minutos de prolongamento para cada parte.

Nos primeiros cinco minutos do prolongamento, os comandados de Orlando Graça entraram a pressionar o adversário, mas a falta de sorte dos africanos persistiu e a bola teimava em não entrar, o que forçou a marcação de penaltis

Na marcação dos penaltis, nenhum foi concretizado por Angola, contra os chilenos que viram Felipe Castro e Nicolas Fernandez a matarem a esperança angolana na presença do exigente público, que lotou o pavilhão.

Para a terceira jornada, Angola tem um jogo difícil com Portugal, enquanto o Chile mede forças com a África do Sul.